Thursday 31 May 2007

Lá 'tou eu...

Então, é preciso fazer um logótipo para a presidência portuguesa da União Europeia? O briefing? Algo com alguma pinta, que não bata necessariamente na tecla do vermelho-verde, mas que contenha algo que remeta para valores ou realidades do país anfitrião. Bom, essa é fácil. Como dum ponto de vista politico-marketeiro fica mal usar um aterro sanitário, vou fazer uma ligação ao mar: toca lá a escolher algo de formas arredondadas em azul. É batido, mas os gajos do governo comem destes simbolismos à bruta, os tansos.
Hmm. Azul, arredondado. 'tá bem. Mas e agora? Pá, não vou fazer ondinhas e o caraça, que já vendi isso um milhar de vezes. 'tou encalhado. Deixa-me lá abrir o Adobe Illustrator, talvez me surja algo. Hm, giro, o écran de abertura...

'tou cá a ter uma ideia. 'tá bem que isto deve ser o programa de design vectorial mais utilizado no mundo, mas só a malta do design é que vai topar isto e desses, como metade anda por aí a sacar ideias uns dos outros, e a outra metade é neo-hippie aluada, vai tudo ficar caladinho.
Simplifica-se um bocadinho, mantém-se as transparências, bota-se azul, ...já está. Xuxú beleza.

A flor? Sei lá porquê, que se lixe, 'tá bonito. olha, vendo-lhes outra vez a merda das ondas do mar. Só maizuma vez.

P.S.: Este post é um exercício, que se poderá arquivar em "monólogo inventado". O écran do Illustrator CS2, bem como o logo, existem, no entanto.

Wednesday 30 May 2007

Sonhos ou pesadelos?


Roy Lichtenstein (1923 - 1997)
"Sweet Dreams, Baby!" (1965)
88 x 63 cm; serigrafia
Uma canção, duas versões, numa tentativa de abracar o máximo de malta possível. A primeira, é o original dos Eurythmics, a segunda a versão dos Marilyn Manson.

Este carro...

...é um doce.

E se acham que é um truque, é ir aqui.

O último link estava mal direccionado - já está corrigido, para quem quiser ver o making of.

Monday 28 May 2007

Pffffffff... óbvio!

O asterisco sonoro de hoje é tão óbvio, tão óbvio, mas tão óbvio, que até faz impressão a falta de originalidade. E, francamente, está muuuuuito longe de ser uma das canções menos más dele, mas pronto, tinha de ser, era mesmo muito óbvio. Com uns dias de atraso, para manter a falta de originalidade, Stevie Wonder, carago.

3, a caminho dos 80


Uma história que é contada e recontada na minha família, é a do 80º aniversário do meu bisavô. O meu bisavô tinha o mesmo nome que eu, e era português de gema. Nasceu numa terra chamada Pinheiro da Bemposta. Procurem num mapa: fica mesmo à beira da Nacional 1, uns cinquenta quilómetros a sul do Porto (eu sei, é a sul do Douro, portanto não é Norte, eu sei). viveu a vida toda lá, excepto quando tirou o curso de engenharia (genuíno) no Porto e só de lá saía, quando a família ia para Aveiro passar as férias. Operação que era precedida do envio dos empregados em dois carros de bois, com tudo que era preciso para a estadia, quatro dias antes de ir a família. Assim, quando lá chegavam, já estava a casa arrumada.
Seja como for, estou a desviar-me do tema.
No octogésimo aniversário do meu bisavô, a minha bisavó decidiu fazer uma festa de arromba, com banda e tudo. Fez-se um bolo de aniversário e ela decretou que se haveria de fazer a coisa a preceito, portanto colocou 80 velas no bolo - eram 80 velas, encaixadas num bolo bastante grande, mas, mesmo assim, não o suficiente para uma celebração levada tão literalmente (ou numericamente, neste caso). O resultado final, foi que, chegada a altura de acender as velas, elas começaram a incendiar-se umas às outras, tendo resultado numa belíssima fogueira de celebração da data, que chamuscou, inclusivé, o tecto da casa. A marca, até há muito pouco tempo, ainda lá estava - um testemunho a favor das velinhas em forma de números. Do bolo, obviamente, não se salvou nada.
Enfim, tudo isto, só para te desejar um feliz aniversário, e que um dia possamos incendiar também o teu bolo. É com dois dias de atraso, mas não o podia desejar na sexta-feira, e não tenho internet na minha gruta, portanto só pode ser hoje. Mas, pronto, vem com uma história.
Parabéns, carago.

Wednesday 23 May 2007

Só esta vez

Não fazia planos de tocar no assunto, mas depois de ter visto mais uma vez as notícias sobre o caso, à hora de almoço, fica aqui isto, só por esta, única vez:
  1. estes senhores, que aqui estão na fotografia, se fossem portugueses, já lhes teriam tirado as outras duas crianças, e já estariam a ser processados por negligência;
  2. se a menina soubesse dizer correctamente "Camões" e "Belém", apareceria, na melhor das hipóteses, uma vez, e no fim do noticiário;
  3. se os pais cumprissem a mesma condição, a comunicação social portuguesa tinha-os trucidado em quinze minutos;
  4. é extraordinário que neste país seja permitido à comunicação social divulgar os nomes completos e as fotografias das caras de quem é inquirido ou é suspeito num caso (equivale a destruir-lhe uns bons anos da vida). Mesmo pasquins como o "Bild" alemão (o pior jornal do mundo, pior do que os tablóides ingleses), só trata as pessoas nestas condições pelo primeiro nome e a primeira letra do apelido, com fotografia irreconhecível;
  5. não é Portugal que é pouco seguro, são os pais ingleses que são completamente irresponsáveis. E a nossa polícia, seja boa ou má, apenas está a tentar apanhar os cacos que os senhores deixaram.
Posto isto, só espero que, no fim, possamos dizer como os Clap Your Hands Say Yeah - a canção é fraquinha, pouco original (oiço aí alguém falar em Talking Heads?) mas o título cai aqui que nem uma luva (se bem que o título completo é "Over and over again (Lost and found)", mas a primeira parte, eliminei-a).

Tuesday 22 May 2007

Haha


A minha mamã


A minha mamã é muito bonita. A minha mamã chama-se Christine. Ela mora muito longe, num sítio chamado "Alemanha". A minha mamã andou de avião para ir morar em minha casa. Eu gosto muito da minha mamã, a minha mamã mima-me. Eu gosto muito quando ela está comigo, porque ela é minha amiga. A minha mamã hoje andou outra vez de avião, para voltar para casa dela. Eu gostei muito de estar com a minha mamã, porque também estava bom tempo. Agora a minha mamã está na Alemanha e já não mora lá em casa. Graças a Deus. Eu amo a minha mamã.

Monday 21 May 2007

O desafio do réclamo

Então é assim: façam um click na imagem ou aqui para para abrirem o anúncio em maior. Agora leiam tudo. Parece bem, não? Meia hora de exercício e "PUF", os quilinhos a mais despararecem. E depois, um ginásio só para mulheres, sem gajos a treinar na parte de trás da sala e a babarem-se pelo queixo abaixo. Porreiro. ainda por cima, um método comprovado, nº 1 no Mundo. Só pode ser coisa boa.
Há um pequeno problema, no entanto: os caramelos fizeram um anúncio da página inteira numa revista do Público, com conceito e tudo, MAS ESQUECERAM-SE DE DAR QUALQUER CONTACTO QUE SEJA!!! NEM WWW, NEM @, NEM TELEFONE, NEM "FAVOR CONTACTAR A ARLETE", NEM NADA!!!
Vão ter muita gente a bater à porta, vão...

Hot

Tendo em conta o post anterior, o asterisco sonoro de hoje até poderia ser algo alusivo a publicidade ou marketing; da autoria de um fenómeno de marketing e não de talento ou qualidade, como, p.ex. uma boys band qualquer, mas achei que, tendo em conta a temática do anúncio, não podia deixar passar em branco a oportunidade de poder aqui colocar uma babe e seleccionar um asterisco correspondente. Um velhinho, daquele tempo miserável em que o disco dava cartas: Hot Chocolate.
Ah, já me esquecia - eis a babe:

Réclamo

Este anúncio é um desafio: façam click na imagem ou aqui para verem em maior, e tentem lá descobrir o que está errado. Não é para me pôr em bicos dos pés, mas eu, por acaso, descobri num instante.

Friday 18 May 2007

Reacção audio-química


Este fim-de-semana, entretenham-se com dois asteriscos sonoros, um para cada gosto (ou não, que eu até gosto dos dois). Um da Diana Ross, outro dos Queens of the Stone Age.

4H + 2O = 2H2O


Eu já mencionei alguma vez que estive quase, quase, quase para ir para engenharia química?
5 - 8 - 25 - 9 - 49 - 110 - 34 - 25 - 11
Mesmo que não seja brilhante, que seja 79. Não. É mesmo SETENTA e nove.

Wednesday 16 May 2007

Outra vez: Au...

not to blog
Hoje tive tempo de sobra, infelizmente também não estou de férias, nem tive trabalho. Sobra uma das razões clássicas para o post de hoje ser este, assim. Nasce dum raciocínio do género:
- Epá, esta dor de cabeça, caralho, pá, nem consigo fazer um post.
UM À PARTE: TRANTADO-SE DE UM PENSAMENTO, E TENDO EM CONTA QUE EU CÁ POR DENTRO SOU UM AUTÊNTICO CAMIONISTA DE LONGO CURSO, A FRASEOLOGIA FOI MANTIDA NO ORIGINAL. TUDO EM NOME DA AUTENTICIDADE. QUE ME PERDOEM OS MAIS SENSÍVEIS.
- Oh, foda-se, faço uma merda sobre isso mesmo, e junto-lhe um asterisco sonoro de partir a carola. ´tá feito, caralho.
MAIZUM À PARTE: TUDO EM NOME DA AUTENTICIDADE, POIS CLARO...
E assim, como eu cá sou é de partilhar (mesmo dores de cabeça), o asterisco sonoro para hoje, é esta pérola de 25 segundos (!) dos Anal Cunt (não faz parte do meu pensamento, o nome é mesmo assim...). Se o ouvirem umas quatro vezes seguidas, devem ter maizoumenos uma noção de como está a minha cabeça, neste momento. Se ouvirem só uma vez, vão ter uma noção de como, por estes lados, às vezes também reina a maldade. Se o Eddie Grant soubesse o que lhe fizeram à canção, nem tinha uma dor de cabeça. Evoluia logo para um tumor cerebral terminal.
Para não dizerem que sou completamente desprovido de bondade, antes de fazerem click no play aqui à direita, fica aqui um aviso. Este é o início da biografia dos animais:
One of the most offensive and musically challenging bands to ever produce music, A.C. are one of the most infamous bands in the heavy metal underworld...
Já agora: tenho um CDs dos caramelos, que consegue ter 45 minutos, e quase 60 "canções"...

Tuesday 15 May 2007

Pyro

torch
Poucas coisas deverão ter mexido tanto com as pessoas como o fogo. Fogo pode ser divino, como o dos infernos. Pode ter-se fogo nos olhos, na alma e os ingleses chamam à azia "heartburn". Dos quatro elementos (água, ar, terra, fogo), é o único que tanto está na origem de fobias como de manias (também não pesquisei isto, mas tenho quase a certeza). É o que mais facilmente semeia destruição, e é o que mais facilmente se consegue eliminar.
E pode ser sério, como pode ser um disparate.
A prova disso, são os dois asteriscos sonoros de hoje. O primeiro, é um das super-malhas dos Doors. No entanto, para quem não estiver interessado em desejos pessoais reprimidos, fica aqui, também, um desopilanço, dos Bloodhound Gang (perdão, mas tem de ser: FODA-SE!!! Já tem mais de dez anos?!!!!!).
Enfim:
"Come on, baby, light my fire" e
"Burn, motherfucker, burn".
Tem o seu quê de "fogo que arde sem se ver", não?

Ignis

fire top
Há uma pilha de anos atrás, contaram-me uma história, que ainda hoje não sei se é verdade ou não.
É uma história sobre o início das viagens espaciais (bem, bem vistas as coisas, ainda lá estamos, no início, mas foi no "início-início"). Nessa altura, houve um grupo de cientistas, que se perguntaram, como é que se comportaria o fogo no espaço. Não no espaço "normal", no vácuo, porque aí, pura e simplesmente, não existe (mas nunca nos hão-de convencer, que as explosões da Guerra das Estrelas não são possíveis! ...elas estão lá, caneco!!!!). Fogo, para existir, tem de ter oxigénio, e onde não há oxigénio, não há fogo.
A curiosidade dos cientistas virou-se para o espaço, como sinónimo de "sem gravidade". Como é que o fogo se comportaria, se se lhe fornecesse tudo para a sua existência, e não existisse gravidade? Será que se expandiria até preencher todo o espaço disponível, como se fosse um gás? Ou será que se manteria confinada ao espaço de combustão? Se sim, será que este seria maior, devido ao facto de na falta de gravidade os gases (de combustão) se expandirem mais rapidamente do que existindo algo que os "prenda"? E qual seria essa velocidade de expansão?
A história que eu não sei se é verdade, resumindo, é que, devido à impossibilidade de fazer a experiência com um mínimo de segurança, existem várias teorias, mas nenhuma prova para qualquer uma delas.
fire down
Possivelmente até se sabe exactamente como se comporta o fogo nessas condições, talvez até tenham feito a experiência há muito tempo, não sei.
Poderia ter pesquisado na Net sobre isto, mas não o fiz: de certo modo é reconfortante um tipo achar (ou insistir na opinião errada, se quiserem), que há certas coisas das quais as pessoas ainda têm medo.

Friday 11 May 2007

Puzzle

Conheço um puto de seis anos que adora puzzles. Mas já os acha tão fáceis, que passou a fazê-los com o verso virado para cima, sem olhar para a parte impressa; encaixa a peças todas, só olhando para as formas, e mais rápido do que eu, com as peças do lado correcto. Depois há aquelas pessoas que olham para um puzzle por montar, e as peças parecem estar a gozar com ele, a perguntar-lhe o mesmo que a Anastacia pergunta no título de um dos asteriscos sonoros de hoje (Anastacia?! Cheira-me que o Asterisco vai levar nas orelhas...). E, já que estamos a falar de puzzles e de levar nas orelhas, ficam aqui os Stereoskop (falam de um puzzle, e são espanhóis, ergo: levaram nas orelhas, hehehe).

Tang gram

tangram
Era uma vez um chinês, que era empregado na corte do imperador (chinês, claro. Por acaso, até poderia ser mongol, mas estou a desviar-me do tema). Certo dia, foi encarregue de levar ao imperador uma placa cerâmica, muito valiosa e frágil. Escusado será dizer, que tropeçou e a deixou cair, partindo-a em cacos. Muito aflito, o servo tentou refazer a placa, mas não conseguiu. Apesar dos chineses terem inventado o esparguete, o gelado e o papel-moeda, a super-cola ainda estava num horizonte longínquo, e a placa parecia ter sido feita na Viuva Lamego.
Uma coisa que o chinês em questão descobriu, seja como for, era que as peças formavam muitas outras formas (mas nunca a placa original, claro...), coisa com a qual se divertiu muito, até ser decapitado.
E assim reza a lenda, meninos e meninas, segundo a qual os chineses inventaram o Tangram. A parte da decapitação foi acrescentada para dar um pouco de colorido.
Tecnicamente, um conjunto de Tangram é composto por sete placas (tangs, como o sumo):
  • duas são triângulos isósceles rectângulos;
  • uma é um triângulo igual, mas com metade do tamanho dos grandes;
  • duas são triângulos pequenos, com metade do tamanho do anterior (portanto também triângulos isósceles rectângulos);
  • uma é um quadrado composto por dois triângulos iguais aos dois pequenos (encostados pelas hipotenusas, pois claro);
  • e uma é um paralelograma, obtido através dum quadrado composto pelos dois triângulos médios, subsequentemente inclinado a 45º.
Duvido que o servo chinês tivesse tido tempo de desenvolver este quebra-cabeças, sobretudo porque antes disso lhe aplicaram um quebra-pescoços, mas é capaz de ter fornecido a base para isto (mais um acrescento para adicionar colorido à coisa, mas chamo a atenção para a brincadeira do "quebra-cabeças" e "quebra-pescoços" - de fino recorte, isto)
Seguindo as regras da proporcionalidade, mas fazendo um pouco de batota (este Tangram asterisquiano tem 12 peças, e não sete), aproveito o facto de vos poder ocupar dois dias com mais uma inutilidade:
é descarregar este ficheiro em pdf, imprimir (é isso, adivinharam: é uma folha A4. Falta de originalidade...) recortar as peças, e ver o que dá. A solução é esta, para quem achar, muito justamente, que "não há direito de este anormal me ocupar o tempo com estas merdas, deixa-me lá ver o que é que este camelo quer desta vez".
Independentemente disso, a solução é sincera.
E a combinação de cores é explicada num post subsequente. Fixe, já me auto-alimentei; menos um post para inventar.

Thursday 10 May 2007

Zzzzzzzzap!

Numa conjunção de dois acontecimentos, o asterisco sonoro de hoje é electricamente Orchestral Manoeuvres in the Dark.
Primeiro, foi a Alex a pôr o "Enola Gay" a bombar, o que me fez lembrar que a canção deles que eu gostava mesmo era esta, depois foi o post daqui de baixo. Bem, é um pouco mentira, que o post daqui de baixo é que foi chutado para bater certo com a música, mas faz de conta que não, que foi mesmo um feliz acaso, e pronto.
(Chiça, que ultimamente os títulos das postas por estes lados andam muito onomatopaicos).

Onófrio

galvani
Por volta de 1783, Luigi Galvani (1737 - 1798), ao dissecar uma rã numa mesa onde tinha acabado de fazer experiências com electricidade estática, tocou acidentalmente com um bisturi ainda com carga estática num nervo da perna da rã. Imediatamente saltou uma faísca num aparelho eléctrico e a perna da rã contraiu-se. A conclusão do senhor, foi que os processos internos de um corpo são movidos a electricidade, e não por um processo hidraulico ou a ar, como até aí se pensava.
De seguida, e devido aos conhecimentos de electricidade estática que possuia, Galvani inventou o arco galvânico: um arco composto por dois metais (cobre e zinco), que, devido à carga oposta dos dois metais, quando toca com uma ponta num músculo da perna duma rã (p.ex.) e com a outra num nervo, faz a perna contrair-se.
Tornou-se famoso por fazer coxas de rã contrairem-se, o que, convenhamos, não deve ser pelo que ele mais gostaria de ser conhecido (é uma versão antecipada do Egas Moniz, portanto).
Agora pergunto eu: em vez de passar o resto da vida a fazer pernas de rãs contraírem-se, e tendo em vista que seguramente sabia daquilo, o caramelo não poderia ter feito um esforçozito em descobrir o "on / off" da coisa? Ou, pelo menos, a caixa de fusíveis? É que volta e meia, bem que me apetecia desligar uma parte do circuito eléctrico que comanda isto tudo cá por dentro.

Wednesday 9 May 2007

Zing! Paf! POW!!!

wonderwoman

Semi-escondido

À parte duns pedaços, bate certo. Depois desta, se existir alguém no mundo que me diga que os Beatles NUNCA escreveram nada de jeito, desculpem lá, mas não sabe o que diz. O Eddie de certeza que concorda comigo. Os "tags" deste post são "asterisco sonoro" e "post com truque".

Here I stand head in hand
Turn my face to the wall
If she's gone I can't go on
Feelin' two-foot small

Everywhere people stare
Each and every day
I can see them laugh at me
And I hear them say

Hey you've got to hide your love away
Hey you've got to hide your love away

How could I even try
I can never win
Hearing them, seeing them
In the state I'm in

How could she say to me
Love will find a way
Gather round all you clowns
Let me hear you say

Hey you've got to hide your love away
Hey you've got to hide your love away

Uau...


Logo a seguir a "fazes-me rir", mas mesmo loguinho a seguir, assim como que colado ao carro da frente tal e qual o cromo do Honda Civic quitado na A1, não há elogio maior que me possam fazer do que "fazes-me pensar" (pelo menos num espaço semi-público como este).
Mas foi isso que a Nana decidiu fazer e, pelo que consegui perceber, não foi um engano: o link está lá, e o nome aparece com as letrinhas todas: o "a", o "s", passando, a meio, pelo "r" e acabando no "o". Vou partir do princípio que ninguém se engana assim tanto.
E como isto também me pôs a pensar (e isto é uma espécie de retorno do elogio), decidi partir em viagem, à procura do criador da ideia. Foi este aqui. E foi onde descobri que este género de coisas têm o nome de "meme tag" - mais uma coisa que aprendi, obrigado.
Volta e meia, lá recebo um e-mail daqueles a dizer que se não o reenviar para 148 pessoas num espaço de quinze minutos, me cairão os tintins, não sem antes incharem até ao tamanho de abóboras do Entroncamento. Escusado será dizer, que não reenvio, e não noto alterações significativas lá por baixo... deixa lá ter a certeza... não. Está tudo no sítio. No entanto, nestas brincadeiras gosto de alinhar. Portanto, cá ficam os 5 links das regras, sem ordem de preferência:
  1. B-Good - porque entre desabafos pessoais e animais a serem esquartejados, há muito, muito para se pensar.
  2. S. - porque dá vontade de comentar todos os posts, só que não o faço, porque não lá chego. Quer dizer, volta e meia, sai-me algo digno de lá figurar (acho eu). Ah, e já agora: vai-te sentar num granda porco, ó anónimo/a - a ti, sim: que te caia uma parte da anatomia, não sem antes se ter reduzido a azeitonas desidratadas.
  3. Humor Negro - porque apesar de ter desaparecido (ou estar interrompido desde Janeiro), dá sempre para reler e pensar mais um bocadinho. E quem ainda faz pensar depois de relido... upa upa;
  4. Benjamim - porque entre textos e fotografias há sempre algo que desperta o interesse, e faz pensar. Quanto mais não seja: "Mas como é que este gajo...?!".
  5. Uns dois ou três que já desapareceram - porque ainda me lembro das coisas que lá estavam (esta foi um pouco batota, eu sei).
Evidentemente, esta lista, se fosse feita amanhã, seria um pouco diferente. Mas só um pouco.

Monday 7 May 2007

Infatuation

voodoo
Esta noite sonhei com uma pessoa, e hoje de manhã acordei apaixonado. Que coisa tão estúpida. E incomodativa.
Será que isto passa?
Johnny Cash, a cantar Nine Inch Nails.

Wednesday 2 May 2007

Buuuum!

weapon
Estas duas fazem um pouco mais "buuuum" do que a Matilde do post anterior: uma chamava-se "Little Boy", a outra "Fat Man" e foram as duas únicas bombas nucleares alguma vez lançadas sobre uma população (aqui, respectivamente, a da frente e a de trás - a da frente foi a primeira, por três dias).
Seja como for, aqui fica o asterisco sonoro para hoje, por um dos poucos sobreviventes (genuinos) do movimento Rastafari: The Ras General - vale a pena dar um salto ao link: a página oficial do homem.

Uns tirinhos

Quinta-feira, 18.30. O Zé Carlos tinha tudo a postos; numa última revisão, desacertou convenientemente o guarda-roupa especial para a ocasião, bem como o seu cabelo. Claro que faltava a protagonista principal do dia, cuidadosamente preparado desde que tinha descoberto, através duma inconfidência da Maria do Céu, que o namorado da sua Susaninha, de ternos quinze anos, iria naquele dia pela primeira vez lá a casa. A Susaninha, conhecendo o seu pai, lá tinha as suas razões para não querer que este soubesse de nada, até ao dia em questão.
Dez minutos antes da hora combinada, o Zé Carlos levantou-se do sofá, já com o nervoso miúdo da antecipação, coçou a barba de três dias (tinha-a deixado crescer de propósito para aquela ocasião, e não se conseguia habituar à estopinha, mas ia valer a pena, oh lá se ia!), dirigiu-se ao armário da sala e retirou, cuidadosamente, a caçadeira que tinha pedido emprestada ao irmão, juntamente com o kit de limpeza.
Por alturas da entrada da Susaninha com o namorado, ele já estava instalado.
A figura era, no mínimo, apocalíptica; estava um homem todo desgrenhado, com barba por fazer, de boxers, camisa de mangas à cava e peúgas brancas sentado na poltrona do pai, a limpar uma caçadeira! Só à segunda, terceira, a Susana percebeu o que se estava ali a passar: ele sabia! Ele tinha conseguido descobrir! E ela sabia quem era a culpada!
- Oh, mããããããããeeeeeee!!!!!
- Isso, filha, vai lá ter com a tua mãe, ajudá-la no comer, que eu quero é falar aqui com o meu futuro genro. Hehehe... Anda cá, puto, senta-te aqui! Então, como é que te chamas?
- Eeeeehhhmmm, João, senhor...
- João, hã? Muito bem. Oh Susana! Já te disse! Vai ajudar a tua mãe! Já!!! Antes que leves uma chapada! Ora, onde é que nós iamos... ah, sim. João. Ssssssiiiiim senhor, muito bem. Então e tu gostas da minha Susaninha, é?
- Mmmmhhh, nós somos amigos...
- Ah, pois, amigos. Então e conta-me lá, o que é que tu gostas de fazer, João, hã?
- Bem, eu gosto de futebol e...
(Retomando a limpeza entusiástica do cano da caçadeira)
- Ah, pois, bola. Olha, eu cá, gosto de mandar uns tirinhos. Amanhã, vou serrar os canos aqui à Matilde. Isto faz cá uns estragos, puto!! upa upa!!! Vai ser cá um estrondo!! Buuuuuummmm!
- Ah, pois.... Talvez eu devesse ir ajudar a Susa...
- Deixa-te lá disso, puto!!! As mulheres governam-se lá na cozinha. Nós homens temos de zelar por elas e elas tratam do comer e da roupa. Eu cá, é assim: à mínima ameaça, deixo a Matilde falar por mim.
- João! Vamos embora! O cinema começa daqui a nada!
A Susaninha espumava da boca de fúria. Ninguém merecia aqueles pais! Ninguém!
- Ah. pois. O cinema. O sr. desculpe-me, mas temos mesmo de ir andando.
- Ora essa! Não ficam para a janta?! Que raio de tempos, que um tipo nem pode conhecer melhor a sua futura família! Bom, então vão lã! Mas...
(afagando a caçadeira, com um certo brilho nos olhos)
-...vejam lá!! E tu, puto, não me tragas a minha florzinha muito taaaaarde!
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- Não achas que exageramos?
- Qual quê! Daqui a uns anos, vai-se rir a bandeiras despregadas! Agora vou fazer esta merda de barba, que isto incomoda como o caraças!
- Oh pá, nem eu te reconheci! Aquelas peúgas, foi o toque de génio.
- Hehehe. Safei-me bem, não foi?
- Ela está fula, pá. Acho que lhe estragamos o arranjinho.
- Pf. Esses contentores ambulantes de hormonas desgovernadas, quero-os longe dela durante o máximo do tempo.
- E se não resultar?
- Dou-lhe mesmo um tiro! Hahahahahaha!
- Hahahahahaha!!!!


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