Monday, 5 February 2007

Dá que pensar...

PROPOSTA DE VALOR

As Finanças (o maior cliente dos CTT) preparam-se para nos enviar umas cartinhas. Dentro, virá a conta do IMI.
O IMI está caro, e tem subido de preço. Agrava o custo de vida e não percebo por que não é contabilizado no cálculo da inflação. Este ano, espero pagar em IMI (não confundir com habitação, que é outra coisa, e aqui apenas um pretexto) mais do que em educação, em saúde ou em cultura.
Por mim, preferia que a carta me fosse enviada pela Câmara Municipal:
"Caro munícipe. Escreve-lhe o presidente da Câmara. Junto a factura do IMI. Lamento não ter quase nada para lhe oferecer. Por isso pagará o mínimo. Somos um município «low cost». Melhores cumprimentos.".
Uma proposta honesta; pelo menos mais honesta do que aquelas que, oferecendo o mesmo, cobram o máximo.
Outras propostas poderiam ser muito mais elaboradas. Falariam de limpeza, segurança, mobilidade, espaço verdes, cuidados de crianças ou de idosos, enfim, serviço. Evidenciariam que o barato pode sair caro, e que há coisas que só são caras na aparência. Nós escolheríamos.
Há um longo caminho a percorrer nesta coisa de serviço público...
Daniel Bessa, Expresso, 03/02/2007

2 Comments:

At 5/2/07 11:44, Blogger 1entre1000's said...

Assim é que devia ser de facto... mas não é!

 
At 5/2/07 13:22, Blogger asterisco said...

1entre1000's:
Pois. é o regime do "shaddapanpay".

 

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