Wednesday 1 June 2005

Comentário Político II

Sendo um pouco apartidário, eu fui a favor da não-convocação de eleições aquando da saída de Durão Barroso para a Comissão Europeia. O facto é este: em Portugal, não se elege um primeiro-ministro, elege-se um partido, que, por sua vez, designa um primeiro-ministro, que depois é nomeado pelo presidente. E mai' nada. Havia, na altura, um goveno estável, uma maioria estável no parlamento e não havia razão para a convocação de eleições anticipadas, só porque saiu o chefe de governo.
Também não havia razão para, na altura, o presidente ter feito o discurso do "vou estar de olho aberto", quase em jeito de ameaça. Portem-se bem, ou levam uma palmada.
Tenho sentimentos dúbios em relação à convocação de eleições anticipadas, quatro meses e tal depois. Parece-me um precedente perigoso, um presidente destituir um governo, só porque tem a impressão que a opinião pública mudou. Por outro lado, e como já disse anteriormente, aquilo era uma batalha em campo aberto.

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