Thursday 16 February 2006

Opinião de facto


Com esta, vou levar nas orelhas, mas enfim.
Andam os júniores dos partios todos, os jotas, a querer discutir se se deverá legalizar o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo, o que, a bem dizer, me é totalmente indiferente. Como já disse antes, não tenho nada contra isso, especialmente se ambas forem giras. De resto, é um tema que não me aquece, nem me arrefece. Se quiserem, que casem. Desde que não queiram ir viver lá para casa, quero lá saber. Por acaso, se forem ambas giras, até arranjo um cantinho por lá.
A mim, o que me incomoda, é a união de facto (aqui, deve ser onde eu levo nas orelhas). Acho que, se se quiser viver junto, tudo bem. Não acho é que se deve querer viver junto usufruindo das mesmas regalias de duas pessoas que se casaram.
Se não se quiser um compromisso, assuma-se isso, na sua plenitude. Com tudo que isso trás de positivo, bem como de negativo. E não, não é a mesma coisa que estar casado. Porque, precisamente, não se está casado.
Claro que, se ela me dissesse "boraí fazer uma união de facto", eu borrifava-me nisto que acabei de defender. A fugacidade da opinião, é como se chama a isto. Há quem defenda que é a sobreposição de uma cabeça sobre a outra, mas isso já dava outro post.

23 Comments:

At 16/2/06 15:08, Blogger B-Good said...

não sei porquê, mas esta mocinha lembra-me sempre o "coitadinho do crocodilo" mas é gira, é gira, não creio é que ande por aí a fazer propostas do género "'Bora aí unirmo-nos?" a muita gente. Então depois de estar unida ao Pitt...

 
At 16/2/06 15:14, Blogger asterisco said...

B-Good:
Por acaso, nem a acho gira. Quer dizer, há por aí mulheres que são, efectivamente, mais bonitas. Esta tem é o "je ne sais quoi". Pintarola.

 
At 16/2/06 15:33, Blogger Indibiduo said...

Bem, ehh, estás a ver..., bom, é pá, vou dar a minha opinião, ahh, da-se!

Quero lá saber...

 
At 16/2/06 15:43, Blogger Viuva Negra said...

És um verdadeiro troca tintas heheh

 
At 16/2/06 16:04, Blogger Edelweiss said...

Pergunto eu se é um papel que nos faz mais ou menos felizes? mais ou menos fieis? pk assinar um papel para perante todos assumirmos uma relacao quando essa relacao tem de ser assumida apenas com a outra pessoa? apenas mais uma burocracia, e uma questao de educacao... mas quem sou eu para opinar, se tu pp estarias disposto a aceitar um uniao de facto?!

 
At 16/2/06 16:17, Blogger asterisco said...

Ricardo:
Hehe. Isso também é uma opinião.

Viuva Negra:
Não. Tenho é noção das prioridades: há certas situações, em que até os princípios vão para o galheiro.

Edelweiss:
chama-lhe uma questão de princípio: se assumes a relação, é com tudo. Se não queres assumir, não deves ter direito ao "sumo". É simples.

 
At 16/2/06 17:29, Anonymous Anonymous said...

«regalias de duas pessoas que se casaram»
LOL! Voltaste com sentido de humor :-D

 
At 16/2/06 17:37, Blogger asterisco said...

Penso Rápido:
Abstinência total para as pessoas em união de facto!!!!!

 
At 16/2/06 18:36, Blogger Lisa said...

Por acaso até concordo contigo. Aqui há tempos até fiz um post sobre exactamente o mesmo tema: se não querem casar, não casem, agora ter os mesmos direitos que os casados, é um disparate! Qual a lógica de criar dois regimes jurídicos com nomes diferentes para regular exactamente da mesma forma realidades também diferentes?
Em certas coisas até se justifica alguma equiparação, mas noutras, não.
(e acho que os homossexuais deveriam poder casar, eles é que não têm quaisquer direitos conjugais, simplesmente porque não podem. isso cria tremendas injustiças)

 
At 16/2/06 18:44, Blogger S. said...

Uma união de facto com os mesmos direitos acaba por assinar muitos papéis. Só não assina "O PAPEL" (Qual papel? O PAPEL).
Viver junto é igual a estar casado. É tudo igual à excepção do PAPEL.
Quem divide uma vida e não apenas uma casa, merece usufruir de todos os direitos consagrados à união de duas pessoas, estejam ou não casadas, uma vez que também arca com todos os deveres.
Será que um filho de uma união de facto tem menos direitos que um filho de um casamento?
E uma mulher que perde o companheiro, merece ser esquecida e tratada como se nunca tivesse existido, depois da morte dele?
As uniões de facto dissolvem-se mais ou menos que os casamentos?
Acredita, Asterisko, que o PAPEL não passa de uma questão de consciência, uma questão de religião e uma questão de entendimento das relações sociais.
Se a igreja arder e o notário também e todos os "Papéis" arderem, deixa de se estar casado? Logo, deixa de se ter direitos?
O que o casamento tem de diferente é o romatismo da festa do casório e os electrodomésticos à borla. Fora isso, é o mesmo compromisso só que muito menos civilizado no caso da eventual separação.
Isso, eu sei.

 
At 16/2/06 18:55, Blogger S. said...

Era para te dar nas orelhas, não era?
Considera-te um Dumbo de orelhas à Rudolfo (vermelhinhas, vermelhinhas!)
O pior era se ela te dissesse "Boraí..." e depois nunca mais te desamparasse a loja. Lá se ia a fugacidade da situação. Mas, ok, se fosses tu a fugir ela também não teria direitos nenhuns, certo? É o que convém, a alguns...

 
At 16/2/06 19:17, Anonymous Anonymous said...

Electrodomésticos à borla?? E quem pagou o casamento? Foram os convidados???

 
At 16/2/06 19:24, Blogger S. said...

Tens razão, Dingo. O PAPEL também é uma questão de "papel".

 
At 16/2/06 20:35, Blogger asterisco said...

Lisa:
claro que deviam poder casar. Perde-se um tempo bestial a discutir o óbvio, quando as questões verdadeiramente importantes dum ponto de vista geral vão ficando para as calendas.

S.:
Tens parcialmente razão: a diferença é O PAPEL. Mas, se o resto é todo igual, porque não assinar O PAPEL? Agora, as separações de um casal em união de facto, são rigorosamente iguais às das que têm O PAPEL, legalmente.
Repara: não tenho nada, nadinha, contra duas pessoas que vivem juntas. É uma opção válida. Eu não acho é que deveria ter sido criado o estatuto legal da união de facto. Ninguém tem de casar com grande pompa e circunstância. Eu acho é que, se não queres ter carro, não deves esperar ter uma boleia à porta de casa todos os dias. Opções, são isso. Casar, é casar. Viver junto, é viver junto. É uma opção. Queres ter os direitos de um casal casado? Casas.
Claro que, em relação às crianças, tem de haver (e há, já há bastante tempo), igualdade de circunstâncias.
De resto, se a Angelina não me desamparasse a loja, quem sou eu para me queixar? Ainda por cima parece que tem uma namorada gira como o caraças.

Dingo:
Mas lá está: casar, não é sinónimo de grande farra. Aliás, até te digo mais: francamente, deveria ser uma coisa íntima. Mas, tal como o Natal, S. Valentim, dias de não-sei-o-quê, tornou-se num circo comercial.

 
At 16/2/06 20:57, Blogger S. said...

Pois, a namorada da Jolie é uma Pitt. Brad, acho que é.

 
At 17/2/06 11:19, Blogger just me said...

Plenamente de acordo!!!!!

 
At 17/2/06 12:24, Blogger asterisco said...

S.:
Também. A outra é uma modelo qualquer. A sério! Tinhas de ser tu a dar-me nas orelhas.

Alex:
Pois. Eu também acho que é mais do que O PAPEL. Será confiança (cega)? Hehehe.

Just me:
Hehehe. Isso, foi o que eu disse no meu casamento...

 
At 17/2/06 13:16, Anonymous Anonymous said...

A grande diferença de um casório e de uma união de facto é que na últimas mantem-se uma certa ilusão de desprendimento. Na prática, e aos olhos do mundo é tudo igual. É só uma mentira que as pessoas dizem a si próprias para contornarem a questão do medo do compromisso e continuarem a brincar aos namorados.
Mas tambem quero lá saber...

 
At 17/2/06 14:26, Blogger S. said...

Nunca ouviram a expressão "Com o mal dos outros posso eu bem?"
Se calhar é desinformação minha, mas em que é que a equiparação de direitos entre o casamento e a união de facto afronta os direitos de quem escolheu o casamento?
Porque é que os casados se importam com quem não é casado?
Deve ser pela mesma razão pela qual só fazem programas para casais e têm sempre um "casal amigo".
pffff...

 
At 17/2/06 15:13, Blogger asterisco said...

Mary:
Eu penso que é isso, também. Tendo passado por ambas as situações, sem dúvida que existe uma ideia de "separação indolor". Mas é uma ideia falsa, como tu dizes: uma ilusão.

S.:
Claro que conheço essa expressão, mas, não se trata, a meu ver, do "mal dos outros". Eu não me importo rigorosamente nada com quem não é casado. Não o fui durante três anos.
E, durante esses três anos, não revindiquei para mim os direitos de quem o era.
Quem casa, assume uma responsabilidade e os direitos a ela inerentes. Quem não quer esse compromisso, o que é uma posição perfeitamente legítima, tem outras vantagens.
Chama-lhe uma questão de moral social, sei lá.

 
At 18/2/06 23:35, Blogger Pétala said...

Ola! É a minha primeira vez! :D

Se me permites, vou comentar... e se não me permites, paciência...

A lei que rege as uniões de facto foi criada porque casar é caríssimo, divorciar também, e para nao falar na burocracia inerente a estes dois actos. Lá porque as pessoas não assinam um documento assumindo o tal compromisso, fazem-no na prática. Unem-se para dividir despesas, dividir responsabilidades, dividirem bens materiais e o resto que não vem ao caso... Enfim... eu digo que ainda bem que os unidos de facto têm uma lei que os possa proteger em hora de aperto...

Uma coisa que não entendo: para que querias tu duas lésbicas giras lá em casa??

 
At 19/2/06 21:50, Anonymous Anonymous said...

para bibelots digo eu...

 
At 20/2/06 10:42, Blogger asterisco said...

Pétala:
Nunca, jamais, será interdito um comentário aqui - até a publicidade é bem-vinda. Essa dá azo a ser insultada, mas isso até me sabe bestialmente bem. De resto, até te agradeço, evidentemente. Em relação ao preço do casa-descasa, hoje em dia, nem casar nem divorciar é caríssimo. Aliás, em relação à união de facto, a única coisa que sai mais caro, é mesmo o casar. Se fôr só pelo civil, é barato. A separação é, em ambos os casos rigorosamente igual - do mesmo modo que foram criadas as protecções nas uniões de facto, elas depois tên de ser defeitas, com a devida separação dos bens.
As duas lésbicas em casa, é devido àquele sentimento (parvo, admito) profundamente enraizado na espécie masculina, de que qualquer que seja a lésbica, basta experimentar um "cheirinho" de nós, para "caírem em si". Somos um pouco parvos, aí, mas há-que admiti-lo.
Além do mais, a Angelina não é lésbica, é assumidamente bissexual.
De resto, não só és bem-vinda aqui, como encorajada a comentar.

Mary:
Isso. Boa escolha.

 

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