O post renitente
E pronto, chegou aquele dia temido, no qual nada aparece, tudo foge. O dono do blog tenta tudo para escrever algo, e nada. A seguir à hora do almoço, já está lixado e de mau humor. Começa a provocar os colegas de trabalho, que estão a todo o gás, para compensarem os dias que ele passa às voltas com o blog. Pode ser que dê uma história.
Primeiro atira com umas bolinhas de papel, recorrendo a uma bic. Acerta no decote da estagiária (o que era razoavelmente fácil, porque fora um dos atributos para a sua contratação), o que lhe dá direito a levar com uma cadeira (rotativa, seis rodas, mecanismo a gás, com braços) na focinheira.
Depois põe-se atrás de outro, a largar comentários "Epá, isso assim não dá" - "Porque é que não pões isso a vermelho?", mas rapidamente desiste, quando lhe pedem delicadamente para ele ir "montar um ganda porco".
Já em desepero de causa, decide fazer uma visita ao director financeiro (grande desespero de causa), para lhe dizer que afinal, aquelas facturas que tinha prometido, não lhas vai poder entregar. Isto, por sua vez, despoleta um complicado mecanismo de e-mails, memorandos e ameaças físicas. A coisa deixa de ter piada, quando ele é forçado a mastigar quatro livros de cheques empresariais (com químico) e o director financeiro é evacuado de ambulância para tratamentos de choques.
Abalado, mas não derrotado, ainde que mais desesperado, decide fazer um post sem história, sensorial. Olha pela janela, "hmm, podia falar sobre a vista..." - "naaaaaaa". Pois claro, um post olfactivo! Descalça o téne (porque é assim, tal e qual sande), pega na meia, ganha coragem, e toca de deixar-se invadir por um mundo de novas sensações, que o blog espera. Acorda, meia hora depois, a sangrar da nuca, porque o armário não é feito de papel. O olfacto já era, e o cérebro nem chegou a registrar as sensações. Houve um shutdown do sistema, devido a uma pico de input.
Neste momento, a vida do herói da história está assim:
- duas rodas de cadeira firmemente implantadas na testa (consola-se com o facto de não serem cornos, mas mal sabe ele da missa a metade);
- um colega de trabalho a segurar um porco, que grunhe de expectativa (rosadinho, com chicha q.b. - o dono do blog sente-se tentado);
- um eco irritante de tudo que ele diz, porque as folhas de papel químico que teve que engolir já estão a fazer das suas;
- o olfacto destruído;
- a nuca a sangrar;
- um pé descalço;
- um post por escrever.
De repente, um flash: "Vou escrever que nada sei! Se o outro ficou famoso com essa, e não tinha net, quem sou eu!" Arranja um rectângulo, com boas proporções, dá-lhe uma moldura, que é para se destacar do fundo, arranja um título recorrendo a toda a sua sabedoria linguística (mas esquece-se de pôr "Oooooink") e escreve qualquer coisa sobre nada.
Vai para casa, de orgulho algo amachucado, mas não irremediavelmente destruido, a coxear e com um andar ligeiramente arqueado. A trinta metro de casa, é colhido pelo 35, conduzido pelo irmão do director financeiro. As últimas palavras são: "A S. vai-se queixar que não posto nada."
16 Comments:
Agora diz-me que escreveste isto tudo directo, sem racionalizar, sem editar, até não conseguires parar e sempre, sempre, sempre a pensar em mim, que eu dou-te um beijo!
S.:
A ideia veio-me durante o almoço, e como a hora de almoço acaba às 14.30, já vês.
Bzz:
Bem, todos os comentários têm dedicatória, sejam aos feitos aqui por todos, sejam os feitos nos respectivos blogs.
1500, por acaso reparei. Mas agora só celebro os 2000. Vês, o espacejamento a aumentar?
Quais 2000 quais quê?!
5000 e nem um antes!
Ya, os meus posts também surgem todos fora do "horário de serviço". A sorte é que escrevo todos assim de rajada e assim por dá cá aquela palha! Agora é `s mãos cheias deles, assim, assim, oh!!!
Blogar rules!!!!
Se não for de rajada, fica uma bosta. Fica muito pensado. Dar uns retoques, OK. Mas mais não.
Que tal o "cobrador sem fraque"? Talvez fosse mais interessante... :P
Isto está a descambar...
Bzz:
Já comentei o teu blog.
S. & Bzz:
Vocês parecem-me ter olho para o negócio. Mas olhem que se me aparecer aqui o dito senhor, a única coisa que conseguem é faciliar-me a pontaria.
Run Away Man:
Fixe, não é?!
Epa! eu tb quero ir trabalhar para ai, vou ver se meto uma cunha ... hihihhi belos empregos , andar no bloganço !!! a do directo finenceiro e do irmão é que ficou a baralhar o esquema
esse teu emprego parece emocionante!:|
tou prostrada..
... e diz este gaijo q n está inspirado, só pra nos fazer sentir uns miseráveis aprendizes da blogosfera.
S precisares de tratamento pra ti ou para o porco, dispõe, embora o porco seja capaz de ficar mais bem servido.
Ahhh, e já agora, diz-lhe pra deixar d fumar, sobretudo pós-coitalmente (q raio d hábito d macho!)
(Agora percebo: fossa, porco, tem tudo a ver)
Tudo depende do equipamento do "cobrador sem fraque" e da eventualidade de ele já ter visitado outros devedores certeiros antes. Mas há formas piores de pagar dívidas, then again, depende do ponto de vista. ;)
Viuva Negra:
Olha que tem dias, tem dias.
O director financeiro baralha sempre o esquema, mas não resisti. Se conhecesses o animal...
Miss Caipira:
Mas não é sobre o trabalho, é sobre a branca que me deu no dia anterior (o post da caixa branca), portanto estás à vontade.
Amie:
Mal sabes tu da missa a metade...
B-Good:
Mas não, mas não! No dia deste post até estava bem. Ele é relativo ao dia anterior, quando postei a caixa em branco.
Em relação ao tabaco: já lhe disse:
"Se me queres ver pelas costas, pára de fumar!" Resultou...
Olha! Descobriste uma analogia não-intencional. Vais ver que o post já cá estava a marinar...
S.:
Ah pois depende, depende!!
A tua vida não é monotona pois não?
Miscaro:
We try harder.
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