Thursday 22 June 2006

Desporto

Com um título tão desinspirado como o deste post, só dá mesmo para escrever sobre desporto. É que há certos desportos, que não lembra o diabo. Que uma pessoa não goste de certas modalidades, ainda é normal; não quer dizer que não sejam desportos perfeitamente válidos. Posso não gostar de hóquei de campo, mas isso ainda não quer dizer que não seja um desporto "normal".
Agora, por exemplo, que diabo é aquilo da natação sincronizada?! Por acaso os passageiros do Titanic apreciaram a beleza do iceberg, que também só mostrava o equivalente à canela e ao pé?
Depois, volta e meia, lá aparece uma cabeça e um braço, num movimento completamente parvo, tipo "natação de costas com o braço a fazer uma paradinha a meio". E a tentativa de sorriso também não ajuda, por causa do clip no nariz. Quem é que foi o atrasado mental que se lembrou daquilo? E depois, ainda se lembraram de a admitir no programa olímpico!! E eu, que já tinha dificuldades com o salto para a água na vertente de pares!
Porque não o hóquei em patins? Quer dizer, se for pela beleza, podemos criar uma regra a dizer que cada jogador tem de, uma vez por cada parte, fazer uma pirueta ou assim. Bem feitinha, dava meio golo.
Não é que não se tenham feito já algumas tolices (o fundador dos J.O. modernos, Pierre de Coubertain, ganhou uma medalha de ouro: a primeira e única em... poesia!), mas aquilo é ridículo.
No México, há cerca de 3000 anos, os índios jogavam um jogo chamado ulama. Basicamente, consistia em duas equipas tentarem enfiar uma bola de cautchú numa argolas, utilizando, para isso, somente os braços e as ancas. Não o faziam só pelo desporto, mas também, e como não podia deixar de ser, por questões religiosas. Volta e meia, se era preciso uma chuvada ou uma boa pescaria, lá se jogava um joguito de ulama, e os perdedores eram sacrificados ao Deus com o qual eles andavam mais à rasca. Percebe-se o porquê de não se conhecer jogadores de renome de ulama.
Depois, há outros aspectos no desporto, que fazem logo perder a vontade. Por exemplo, sabendo de antemão o prémio, nem quarenta cavalos me fariam jogar golfe. Ainda me arriscava a ganhar!!!!

8 Comments:

At 22/6/06 19:24, Blogger just me said...

Eheheheheheh!!!! Bem esgalhado! Mas eu até gosto de nado sincronizado.

 
At 22/6/06 21:29, Blogger asterisco said...

Just me:
Francamente, eu não lhe consigo achar piada. Se bem que, e entrando pela porcaria, um bom treino a suster o fôlego poderá ter os seus encantos. Hehehe...

 
At 23/6/06 10:25, Blogger S. said...

Quem sabe, joga, quem não sabe, serve de professor-modelo, não é o que dizem?

 
At 23/6/06 11:16, Blogger asterisco said...

S.:
Exacto. É a expressão mais educada para "treinador de bancada"...

 
At 23/6/06 14:11, Blogger 1entre1000's said...

Olha mas a vencedora está com um ar deliciado... :D

 
At 23/6/06 15:15, Blogger asterisco said...

1entre1000's:
Também! Após tanto treino a meter as bolas à primeira ou segunda, já merecia o aparelho todo, não?

 
At 23/6/06 19:46, Blogger ivamarle said...

pois...realmente...não te estou a ver a dar um kiss ao troféu:-))
no tal jogo de que falas, acho que a bola era feita de bexiga de cabra e extremamente pesada não era? Os desgraçados deviam andar sempre negrinhos nessas alturas dos jogos.

 
At 26/6/06 17:13, Blogger asterisco said...

Ivamarle:
Beijar o troféu?! Chiça...
A bola era feita de cauchú maciço e éra, de facto, muito pesada: dois a três quilos. Eles jogavam com as ancas e os cotovelos protegidos, mas mesmo assim parece que não ficavam lá muito bem. Sobretudo quando perdiam!!!!!

 

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