Friday, 16 February 2007

dit-da-dit-dit-da

morse
Samuel Finley Breese Morse (1791 - 1872)
"Susan Walker Morse (The Muse)" (1836 - 1837)
187,3 x 147,4 cm; óleo sobre tela
A quem o nome do autor da pintura daqui acima não diz nada, aconselho-o a concentrar-se sobretudo no primeiro e no último nome. Se isso ainda não funcionar, é pegar no último e imaginá-lo representado por traços e pontos.
Samuel Morse, reza a lenda, foi o inventor do telégrafo, bem como do código ao qual foi dado o seu nome, juntamente com Alfred Vail, que ficou mais ou menos esquecido, apesar de haver teorias que foi este o verdadeiro cérebro por dertás do código. Só que, como só tinha uma quota pequena nos lucros do telégrafo, desligou-se do negócio: segundo ele, deixaria o telégrafo sustentar-se a si próprio, visto este não o conseguir sustentar a ele.
Seja como for, o código Morse foi, até agora, o código electrónico com o maior tempo de vida: foi utilizado oficialmente como código de transmissões marítimo até 1999 (durante perto de 170 anos). A última mensagem de um navio francês em código Morse, em 1997 consistiu em "A todos. Este é o nosso último chamamento, antes do nosso silêncio eterno.".
O código mais famoso em Morse, é o "SOS", que não quer dizer "save our souls" ou "save our ship": SOS foi um código de emergência establecido na Alemanha em 1905 pela sua simplicidade, e não era representativo de letras: era somente o alinhar de três toques curtos, três toques longos, três toque curtos, etc. sem o espaço necessário entre os grupos de três (de modo a representarem letras) - era um toque simples de memorizar, mas suficientemente distinto. Só depois de adpotado como código internacional de emrgência no mar (em 1908) mais tarde se reparou que "s" em Morse eram três pontos e "o" três traços, e depois inventou-se estes (e muitos mais) significados, provavelmente para facilitar a memorização.
Do mesmo modo, é um mito que tenha sido o Titanic o primeiro a utilizar este código: a primeira vez que um navio emitiu um SOS, foi o paquete Slavonia, das linhas Cunard, a 10 de Junho de 1909. Tem algo a haver connosco, porque ele o emitiu ao largo dos Açores, tendo o sinal sido apanhado por dois barcos a vapor, que foram em seu socorro. Foi, portanto, também a primeira vez que se usou o SOS e ele originou um salvamento. O Titanic, curiosamente, nem sequer começou por emitir SOS: o sinal internacional de emergência no mar mais utilizado, na altura, ainda era (três anos depois do Slavonia) "CQD", que foi o empregue inicialmente. Só um pouco mais tarde o Titanic começou a emitir SOS e CQD, alternadamente. O que o Titanic originou, foi a obrigatoriedade de os navios terem de controlar o rádio a cada meia hora à procura do sinal de emergência: parte do drama, deveu-se ao facto de uma embarcação que estava nas proximidades não ter niguém no rádio durante tempo a mais.
Seja como for, fica aqui mais uma vez uma lenga-lenga para vos ocupar o tempo do fim-de-semana: podem descarregar uma folhinha em A4 com o código, fazendo um click neste boneco:
pdf
que vos dará a solução (tramada de encontar, concerteza) do que aparece aqui a passar:
fds morse
Para ajudar um pouco, ficam aqui umas regras:
  1. O espaço entre partes da mesma letra é igual a uma unidade de tempo (0,2 s., neste caso).
  2. O espaço entre duas letras é igual a três unicades de tempo (0,6 s).
  3. O espaço entre duas palavras é igual a cinco unidades de tempo (1 s).

4 Comments:

At 16/2/07 16:38, Blogger B-Good said...

Ó homem e achas que alguém tem a mesma paciência de santo que tu e vai tar aqui a contar os segundos?? Não bastava desejares bom fim-de-semana à malta? :)

 
At 16/2/07 17:43, Blogger asterisco said...

B-Good:
Hahaha! Eu sempre disse que abusava!!!

 
At 19/2/07 00:28, Blogger 1entre1000's said...

Eh pá tu és um espectáculo mesmo... ;)

 
At 19/2/07 10:43, Blogger asterisco said...

1entre1000's:
Talvez, mas sempre um bocadinho abaixo de vocês.

 

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