Não obrigado
"Your worst enemies are made when you ignore people. Those boys in America who shot dead classmates recently, didn't do that because they woke up with a positive self image that morning and then felt like slaughtering their friends. No, they felt ignored."Tenho a leve suspeita de que o indiano aqui na rua só me oferece todos os dias o panfleto a anunciar o restaurante, porque sou o único que não o ignora, apesar de só lhe dizer "Não, obrigado", todos os dias. Vê-me chegar, faz um sorriso (também suspeito que deve ser o único sorriso que ele faz durante o dia todo...), estica a mão com o papel, e recebe, em jeito de retribuição, um sorriso (muito menor!) e um "Não obrigado".
Ele sabe que eu não quero o papel.
um rodapé do asterisco, às 14:38
5 anotações
5 Comments:
tb me intriga porque é que certas pessoas se sentem tão tocadas pelo ignorar...
há aqui um colega na empresa (que pelos vistos me detesta) e é daquelas pessoas que eu ignoro por completo, é que nem tão pouco me lembrava que ele existia... até ter noção que o rapaz além de se preocupar muito com o que eu faço, perde imenso tempo a tentar detectar erros feitos por mim nos projectos... na volta o meu ignorar fazia-lhe confusão daí ter desenvolvido aquele "ódio de estimação" por mim, vá-se lá entender...
Asterisco, os outros ignoram o gajo em que sentido?! Não lhe dirigem sequer a palavra? :D
Acho que ser ignorado por desconhecidos tem que ser considerado algo normal, até porque alguns desses gajos que se sentem ignorados se calhar também são uns bichos da toca que não fazem nada por socializar e querem que as coisa caiam do céu...
1entre1000's:
Bem, em abono da verdade, tenho do dizer que há pessoas que merecem ser ignoradas.
Bonifaceo:
Ignoram-no, pura e simplesmente. E mesmo quando pegam no folheto, parece que ele lhes é dado por um objecto inanimado.
Claro que há de tudo, mas se um tipo está um dia inteiro a fazer um trabalho de merda, não custa nada dizer-lhe "Não obrigado".
Claro, e faz parte das regras de boa educação, só me estava a referir a esses miúdos que de vez em quando se passam...
Bonifaceo:
Eu percebi.
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