Wednesday, 17 October 2007

COOL!

Ontem à noite ouvi num episódio do CSI o asterisco sonoro que aqui está a passar. A versão original, dos Cameo, já era cool. Está é tão, mas tão cool, que tem pinta. Para saberem mais sobre a Willis, é ir à homepage ou à página do MySpace dela. Para saberem ainda mais, é ir aqui: eu já fui...

Monday, 15 October 2007

And now for something completely different... or not

Hoje, para manter o nível de badalhoquice iniciado com o post anterior, os asteriscos sonoros são duas pérolas dos Monty Python. Se bem que já por cá passaram, isto vai lentamente, mas seguramente, a caminho de bater no fundo.

And now for something completely vulgar

Há a biquinha, há a bica e, depois, há o ménage à trois.
ops

Friday, 12 October 2007

1,2,3... sssom. som... teeeste


Os asteriscos sonoros estão fora de combate, porque o Ripway fez um "BUUUMMMM" estrondoso, e eu não agora não tenho tempo de resolver a coisa.
Mal possa, desenmudeço a coisa.

Wednesday, 10 October 2007

Ora então, façafavore

Torto de resposta

Em consequência a este comentário, dum tipo que distribui abraços que até estala:
Dear Sir/ Madam *

It was because of me that you almost missed your flight; for that, I am really, really sorry. It was never my intention to mess other peoples lives up, yours least of all. But, you see, at the time I had a lot going through my mind - and later, as a matter of fact, a train through my head, but I guess you already know that.
The blunt truth is that I thought I had an appointment with God, and I was running late, so what would a believer do? Exactly, smash oneself to get up there fast. But when I got up here, guess what: he doesn´t exist. No, siree. What we think of Heaven, it isnt; it's just a big, fluffy pink warehouse with scarcely clothed 6 ft women. Hooray. And the Gals have their own warehouse too, with long hosed firemen, as far as I'm told.
It's really pretty cool up here.
So, please do not wish me any harm, just as I wish you a long, pleasant life just before your pink fluffy heaven Eternity.

Wish you the best, from this one who shall remain nameless (and armless, legless and pretty much bodyless)
Dear Sir:

Let me just point out that I am, as far as physical evidence can be summoned, of the male gender. I known this may be difficult for someone who delves in a genderless language, as english is, to extricate from a simple letter. I also suppose, the translator you hired did not point that out in his work - let me, therefore, suggest to you that he should not be payed the entire wages, since one might consider that a rather grave mistake.
I am sorry to say this, but the train did NOT go through your head. Of course, you could not know this, since by the time the damage was observable, you had an obvious eyesight problem (along with several others). The reason I say I am sorry to say this, is because your face was, probably, the one part of your body you would have liked not to be remembered by. Alas, your aim was amiss. The train severed you in a slightly upward angle, across the left nipple and knee. Yes, I am also very sorry to have to tell you, that your abnormally minute genitalia have not only been found intact, but were also immediately hurried to the Museum of Natural History. They shall be on display in the "Freaks of Nature" exhibit. Quite successfully, I gather, since entrance will be free. Of course, they will be hard to spot. Notice the choice of the word "hard". I am rather proud of it, given the context.
I must admit that your description of the afterlife did arouse in me a certain curiosity, which made me look it up in the internet. Yes, that's right: it is all there - you could have found out by yourself, before taking that decisive leap.
This much I can tell you, just in case you haven't yet found out by yourself:
There is, indeed, no God. There was once, but he decided to go elsewhere, when Al Fayed made a successful hostile takeover on his warehouses. In God's own words: "I wish that that fucking little muslim git dissapears under a fucking rock".
By this, you can easily see that God's powers are not what they used to be, because the "fucking little muslim git" did NOT dissapear under a rock. His son did dissapear, however, but in a tunnel. Now there's a nice little analogy for you!
There are two more things I can tell you, one of which you have surely already found out: all the 6-ft women are die-hard lesbians.
The other one, which I hope you have not yet found out, is that the other warehouse is crammed with abnormally large, scantly clothed, ultra-violent gay firemen. And they sometimes swap places: the 6-ft. women switch with the firemen. Why? Well, I found that out, too. I just had to dig a bit more.
The truth is, there is no heaven. Just a suiciders' hell. And, yes, you guessed it: you're there. I suppose you have already noticed you can not get out of your warehouse, nor can the other women come into yours...
Oh, well, I am not one to carry a grudge. I sincerely wish that the swapping between your hosts will be as low in number as possible, and that you will be able to remain undetected whenever that may happen. Of course, eternity is a long, long time, and a lot can happen in that time. But let me reassure you: I am sincerely hoping that you rectal tissues will not suffer too much distention.
Furthermore, I must thank you. Not that I ever considered speeding up my demise, but due to your track-performance (and your subsequent letter addressed to me), I have researched enough to definitively eliminate any possibility of me ever putting a planned end to my earthly existance. Consequently, I am, to a small degree ( a very small degree, actually), sorry to have to tell you that we will not meet in the future.

I wish you all the best
(who knows, you may end up liking it - notice the choice of words: "end up"! Very droll, given the context!)
yours truly
*.

Tuesday, 9 October 2007

A razão e a perda dela

Uma dedicada ao meu Amigo do post anterior. Os Cypress Hill devem ter razão, porque só isso me parece desculpa suficiente para um tipo decidir deitar-se à frente dum comboio. Bem, verdade é que consta que a taxa de sucesso deste método ronda perigosamente os 100%.

Paf... Crontch!!

No seguimento do tipo que decidiu suicidar-se pouco antes do meu comboio partir em direcção ao aeroporto:

Caro Amigo.

Não sei se me consegue ouvir, até porque consta que só conseguiram encontrar intacto o lóbulo da orelha esquerda, mas farei aqui uma tentativa, na mesma - quem sabe eu esteja enganado (não seria, nem de perto nem de longe, a primeira vez), e exista mesmo algo depois do ponto final, e me consiga ouvir de onde quer que se encontre.
Eu fui um dos incautos que largaram uma quantia não negligenciável em libras (cerca de 9, para ser mais preciso), porque achavam que a viagem de Londres para o aeroporto se fazia idealmente de comboio. Como eu me enganei!
Mal sabia eu, que o meu Amigo planeava fazer uma dupla pirueta com mortal encarpado (sábia escolha de palavras, dadas as circunstâncias) mesmo frente ao comboio das 9.43h (saída de Victoria, com chegada planeada a Gatwick às 10.20h). Por muito que isso o possa incomodar, tenho de lhe confessar que isso me transtornou um pouco, tendo eu partido às 10.02h de Londres, com o intuito de chegar os tais 37 minutos depois ao aeroporto. Tenho de admitir, que pertencendo eu a uma espécie de classe média, e tente até nas viagens de lazer poupar uns tostões, fui também prejudicado pela minha decisão (longe de mim culpá-lo por tudo, prezado Amigo) de viajar numa companhia daquelas em que até o papel higiénico é cobrado - vulgo low cost (há quem diga que a musculatura nalgueira nunca mais voltou a ser a mesma - não foi o meu caso, no entanto, que sou razoavelmente previdente), o que implica, consequentemente, alguma inflexibilidade no cumprimento do horário. A sua performance, por muito artística que tenha sido, fez com que esse delicado equilíbrio entre o meu planeamento e a imposição temporal da dita companhia aérea entrasse em descompensação, fazendo-me temer um incumprimento da minha parte, o que seria, manifestamente, pouco aceitável.
Primeiro, porque tenho uma forte suspeita de que, uma vez chegado ao guichet da companhia aérea, o argumento do qual me poderia, legitimamente, socorrer, somente iria originar um encolher de ombros, bem como, necessariamente, mais um débito no meu cartão de crédito. Incomodativo, portanto.
Segundo, porque isso também iria originar um atraso no meu planeamento pessoal, o que, não implicando um castigo financeiro tão pesado, teria consequências nefastas para a minha felicidade, devido a uma disrupção na minha vida pessoal. Bem sei que, por esta altura, o excelso Amigo, tendo juntamente com várias partes do corpo também perdido qualquer sentimento de culpa, não poderá ter uma noção do incómodo que poderia ter gerado, mas posso-lhe garantir que não teria sido de somenos importância.
Aliás, já que estamos a falar de sentimento, tenho, inclusivé, a forte suspeita de que, a sentir algo, o excelentíssimo Amigo apenas terá noção de uma incomodativa sensação de dois agrafes gigantes que se lhe atravessam paralelamente no corpo. Mas adiante.
Serve esta missiva, para cumprir dois objectivos e para lhe sugerir uma recomendação.
O primeiro objectivo, era comunicar-lhe o meu desagrado pela sua decisão. Felizmente o encarregado de manejar os utensílio de limpeza dos carris foi contratado pela sua competência e não, como julgo que também no seu país acontecerá com alguma frequência, pelo facto de ter engravidado a filha adolescente do chefe de estação, e da decorrente necessidade de sustento familiar (a alternativa seria ter sido atirado para o mesmo ponto que o Amigo escolheu, mas com circustâncias atenuantes - mãos atadas, etcetera e tal). Portanto, fica o ponto um tratado.
O ponto dois sob o capítulo "objectivos", era comunicar-lhe que o juri lhe atribuiu 9.8 na nota técnica, e 9.1 na nota artística. A penalização nesta nota, foi devida ao facto de os pés não estarem perfeitamente paralelos na descolagem, bem como ao facto de o meu Amigo ter falhado ligeiramente na aterragem, tendo embatido primeiro no chão, o que causou um certo arrastamento no espalhamento orgânico decorrente. Decerto que tem noção que um embate directo na locomotiva teria tido um efeito estético bem mais apelativo, bem como um impacto sonoro mais incisivo. Um sonoro e seco "SPLOTCH!!!" fica sempre melhor do que um "PAF... CRONTCH!!". Deixe-me assegurar-lhe, no entanto, que o juri teceu comentários muito favoráveis à sua performance, sobretudo tendo em conta que foi executada sem ensaios prévios, tratando-se, portanto, duma primeira vez. Estou seguro, apesar de não ser um entendido na matéria, de que terá amplo espaço para progressão, desde que se confirme a teoria da reincarnação e que lhe seja concedida mais uma hipótese de subsistir como um ser humano minimamente viável, e não como um percebe ou, tragédia das tragédias, um bicho qualquer com instinto de sobrevivência.
Por último, uma recomendação. Pode dar-se o caso (nada raro, por sinal), de o meu amigo não ter tido qualquer intenção de alegrar os espectadores com uma tirada artística tão decisiva. Pode o meu Amigo ter querido, apenas, abandonar a sua existência terrena. Nesse caso, e com a muita estima que nutro por si, e numa tentativa de lhe facilitar a vida a si, bem como aos meus companheiros de viagem e, evidentemente, a mim, que ficamos algo transtornados em termos de coordenação temporal com os nossos objectivos, dediquei algum do meu tempo a desenvolver um utensílio que muito lhe poderá facilitar a vida (ou o término desta, mais especificamente), caso decida repetir a proeza. Penso que seria muito mais elegante fazê-lo sem gerar incómodo para terceiros, bem como mais cozy (vocês os ingleses, inventam algumas palavras bestiais) proceder à sua auto-execução no conforto dum local mais íntimo. A sua casa, quiçá.
O objecto em questão tem várias vantagens:
primeiro, evita uma desagradável torção do pulso;
segundo alivia um pouco a sensação de auto-inflicção de danos, sempre tão desagradável.

Respeitosos cumprimentos
o sempre seu amigo
*

P.S.: Junto remeto uma imagem do utensílio, espero que o possa chegar a apreciar:

Monday, 8 October 2007

Aviso

Os ingleses que se cuidem, que o asterisco, como tipo que tem algo de alemão, mas não o é bem, faz suas as palavras pronunciadas por outro tipo que também não é bem alemão, mas anda lá perto. O asterisco sonoro mais curto de todos os tempos.

Careta


Eu cá, sou um pouco careta nestas coisas. Já estava habituado à caixinha verde, não gosto desta e escusavam de ter mudado por fora. Vá lá, que não tocaram no interior. Mimei-me com umas poucas de latas disto e um doce de laranjas selvagens, que já me estou a babar - o pequeno-almoço de Sábado, cheira-me que vai ser o início de mais uma amizade gastronómica. Se eu aguentar até lá...
De resto: cidade do caraças, mas sinto-me porreiramente nesta aldeia.
O caramelo sem consideração nenhuma que se decidiu suicidar na linha de comboio e que quase me fez perder o vôo de regresso, é que podia, litaralmente, ir morrer para longe. Enfim, deu para ouvir o inglês a explicar à sua mãe que iria chegar tarde, porque "some idiot bloke decided to commit suicide by throwing himself in front of a train, and the undertakers are still scraping his brain off the track".

Wednesday, 3 October 2007

Trip


Vou ali comprar umas latas disto, e volto no Domingo. Entretanto, fiquem com os Clash. A primeira é verdade, a segunda é uma pergunta parva.

Monday, 1 October 2007

O que queres ser?

No seguimento do post anterior, o asterisco sonoro de hoje é um reflexo gramaticalmente errado sobre o que nós somos. Facto é: se não existe o destino - e ele não existe! - não só o nosso destino é o que nós quisermos, como também somos nós a definir o que somos. Ou, nas palavras desopilantes do Frank Zappa:
Do you know what you are?
You are what you is
You is what you am
You ain't what you're not
So see what you got
You are what you is
An' that's all it 'tis.

Destino - pt. 1


John William Waterhouse (1849 - 1917)
"Destino" (1900)
68,5 x 55 cm; óleo sobre tela
Uma das enormes vantagens deste estaminé, é que, por alguma razão insondável, o gajo que rabisca isto acha sinceramente que tem algo para dizer e que a malta vai ler, e isso fá-lo sentir-se melhor. Isso não é nada negligenciável, tendo em conta que um dos defeitos do gajo é ser razoavelmente optimista e que não é nada fácil fazer um maluco desses sentir-se melhor. A outra, é que é gratuito (frequentemente na verdadeira acepção da palavra, eu sei), e só faz click e lê quem quiser. Ou seja, por estes lados, cada um(a) é senhor(a) do seu destino.
E assim, chegamos ao ponto D da coisa: o destino.
Como se alguém estivesse minimamente interesasado nisso, o asterisco vai explicar o que acha sobre o destino. Ou, como o tradicional miserabilismo luso também lhe chama, o fado. Fado, é uma espécie de destino, só que é mais fodido*. É um destino que já se sabe que não augura nada de bom. Enquanto que o destino de um inglês, a existir, será tomar um chá com scones e doce de laranja amarga às 17.30h, o destino dum tuga é ser atropelado ao ir levantar o EuroMilhões à Santa Casa. É fado, e não há nada a fazer.
Mas não era intenção minha chatear a malta com as diferenças entre os outros e nós, que isso estamos fartinhos de saber - para além de sermos como somos, ainda fazemos gala disso, o que nos torna ainda mais um pouco miserabilistas (e assim inventamos palavras como "fado", "saudade" e "desenrascanço"). Mas adiante.
O que é mesmo importante (acho eu, nesta permanente ilusão de que alguém quer, de facto, saber), é que o destino, essa meta pré-definida, é uma ganda tanga. Não acredito, recuso-me. O destino é o que tu fazes. Não acho que quando tomamos uma decisão, esta já terá sido pré-definida e que, mesmo quando mudamos de opinião à última hora, haja alguém a pensar "Pffff. Já sabia.".
É que aí é que está o busílis da questão. Se existe o destino, alguém teve de o definir. E isso, epá, não faz o meu género. Se acreditasse no destino, teria de acreditar numa série de coisas que não gramo, tipo, nalguém que acha que deixar o filho morrer trará algum benefício para alguém e que é todo peace and love mas depois "deixa-me lá acabar com os primogénitos destes gajos" e coisas do género.
E, lá está: como é que um gajo consegue ser optimista se acredita em coisas dessas? Eu, pelo menos, não. Prefiro achar que faço os disparates porque sou burro, a acreditar que os faço porque até não sou completamente atrasado mental, mas alguém me cortou as vazas à nascença.
Só acredito num destino, que é o fim. Quando fechar os olhinhos, daqui a muito, muito tempo, acabou. Nada de luzes brilhantes e tretas do género. A última energia que me restar, em forma de corpinho enrugado, vai todinha para fazer crescer minhocas mais fortes e gordas.
E esse, é o fado. Eu disse fado? Ora bolas. Afinal ele existe.

P.S.: As cabecinhas claras que por alguma razão obscura não desistiram de ler este post, certamente notaram que o título tem um "- pt. 1" em apêndice. Ah, poizé. Ainda não se livraram disto. Para um destes dias, mais um post sobre o refúgio confortável no qual a malta às vezes se gosta de enroscar, chamado de destino. Nessa vez sob forma de "horóscopo", que nada mais é, parece, do que uma oportunidade de mandar um olhar de relance sobre o que o fado nos reserva. Vais ser uma coisa um pouco mais técnica, mas talvez alguém por aí ache fixolas.

*Eu sei; o vernáculo está, lentamente, a introduzir-se por estes lados. Mas o que é que querem? A definição de fado é mesmo "fodido". Não é "lixado" ou um eufemismo fraquinho semelhante.


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