Monday, 26 February 2007

História pesada

lead
O boneco daqui de cima, é um dos (vários) símbolos alquímistas para chumbo. O chumbo, como toda a gente sabe, é um metal pesado. Não é o mais pesado de todos (dos que se encontram na natureza, o plutónio é o mais pesado, seguido de urânio e só depois do chumbo), mas é, de certeza, dos mais conhecidos. Pelo menos é o metal que me vem à cabeça sempre que oiço falar em "Heavy Metal". O chumbo é conhecido desde os primórdios da civilização, e teve utilizações das mais variadas - a mais curiosa (pelo menos visto a partir dos nossos tempos), poderá ter sido o facto de os romanos terem usado chumbo como adoçante (na forma de acetato de chumbo). A frequência de demência entre os imperadores romanos, é explicada por alguns historiadores com envenenamento por chumbo, através desta prática. Até há razoavelmente pouco tempo, a indústria alimentar utilizava chumbo como adoçante em rebuçados, etc.
Isto só como introdução para o tema do asterisco sonoro de hoje: em 1968 estoiram nos tops de música (sobretudo nos Estados Unidos), os Steppenwolf. O principal culpado disso, é o asterisco sonoro que aqui fica hoje, e que tem o condão de fazer parte da história; não só por causa do filme "Easy Rider", do qual era a canção principal, nem pelo facto de ser um dos hinos de quem glorifica carros, motores e a liberdade de se fazer à estrada sem amarras: na letra da canção é utilizado pela primeira vez o termo que viria a servir como classificação de um tipo de música, subsequentemente dividido em dezenas de estilos. A ver:

Get your motor runnin'
Head out on the highway
Lookin' for adventure
And whatever comes our way
Yeah, darlin' go make it happen
Take the world in a love embrace
Fire all of your guns at once
And explode into space

I like smoke and lightning
Heavy metal thunder
Racin' with the wind
And the feelin' that I'm under
Yeah, darlin' go make it happen
Take the world in a love embrace
Fire all of your guns at once
And explode into space

Like a true nature's child
We were born, born to be wild
We can climb so high
I never wanna die

Born to be wild
Born to be wild

Friday, 23 February 2007

Jogos sonoros

XO
Para os asteriscos sonoros do fim-de-semana, uma novidade aqui no estaminé: asteriscos sonoros inspirados no post anterior!!!! Pchchchch, este asterisco não pára de inovar...
O primeiro é uma canção do Peter Gabriel, na versão refeita juntamente com os Massive Attack, o segundo é dos alemães Deine Lakaien. Oiço alguém aí falar em Tindersticks? Pois, mas estes já por cá andam há vinte anos. Nada se inventa, tudo se "marketeia".

Imperdível

Este é o primeiro jogo inventado aqui no estaminé. Verdade seja dita, que ainda sou meio verde nestas andanças, por isso comecei por um no qual é impossível se perder - para manter a coisa simples, nada melhor do que eliminar uma das variantes.
As regras:
  1. Cada conjunto de pontos / curvas sobre um traço representa uma letra;
  2. Pontos são vértices / inícios / fins de letra;
  3. Curvas são para lá estarem.
fds pontos

P.S.: Quer dizer, dá para perderem, mas dado o dia que é, etcetera e tal, duvido.

Thursday, 22 February 2007

Gamanço auditivo

the raven stealing the sun
Ken Mowatt (1944 - )
"O Corvo roubando o Sol"

Há males que vêm por bem (se bem que o mal é, neste caso, muito maior do que o bem, mas enfim). Portanto, por causa do velho de ontem, que, havendo justiça, já terá tido um enfarte do miocárdio seguido de um atropelamento, o asterisco sonoro de hoje é alusivo ao gamanço, e é dos Beastie Boys.

Do velhinho se torce o pescocinho

Ontem, foi dia de a piolhagem ir ver "O Príncipezinho" ao teatro. Ambos levavam uma mochila, para o lanche (no caso do Piolho, mais umas traquitanas, que ele é incapaz de sair de casa sem levar alguma coisa).
A sala estava cheia, parece que é habitual, sobretudo devido a excursões; neste caso, era a escolinha da piolhagem, bem como duas camónetes carregadas de velhinhos.
A mochila do piolhão era gira: da Lego. Quando se abria, transformava-se numa estação da Polícia. E não é que foi gamada?! POR UM DOS VELHOTES?!!!!!
Que é feito do bom velho costume de abandonar os gajos, quando se tornavam improdutivos?! A sério, se apanho o velho, deixo-o à deriva num cubo de gelo no meio do Tejo, sem fraldas para a incontinência e com um empurrão em direcção ao Bugio. Cabrão.

Monday, 19 February 2007

2/4

layout
Desta vez sem relação nenhuma com o post anterior, nem com o anterior a esse ou outro qualquer, o tema para os asteriscos sonoros para hoje (e amanhã), são dois quartos. O primeiro é o quarto da Candy, do Bruce Springsteen (bem anterior à xaropada do "Born in USA" e as merdas subsequentes), e o segundo é sobre as câmaras da Molly, dos Kings of Leon.

Solução

walrus
Então, porque é que ficou aqui como segundo asterisco sonoro para o fim-de-semana, o "Walrus" dos Dark Orchid?
Simples: bastava traduzir "walrus" para Português, o que dá "morsa". Daí, até ao senhor do post sobre o código Morse, é só uma letrinha. E uma mente retorcida, admito.

Friday, 16 February 2007

1 porque sim, o outro porque será?

Os asteriscos sonoros para este fim-de-semana têm, cada um, uma boa razão para aqui estarem.
O primeiro, dos Soundgarden, porque me apeteceu - a razão mais esfarrapada, é que como no post anterior falei de sons, Soundgarden até tinha a haver com o tema. Eu disse que era esfarrapada...
O segundo, dos Dark Orchid também tem uma razão, mas vão ter de ser vocês a descobrir. A ver se alguém descobre.

dit-da-dit-dit-da

morse
Samuel Finley Breese Morse (1791 - 1872)
"Susan Walker Morse (The Muse)" (1836 - 1837)
187,3 x 147,4 cm; óleo sobre tela
A quem o nome do autor da pintura daqui acima não diz nada, aconselho-o a concentrar-se sobretudo no primeiro e no último nome. Se isso ainda não funcionar, é pegar no último e imaginá-lo representado por traços e pontos.
Samuel Morse, reza a lenda, foi o inventor do telégrafo, bem como do código ao qual foi dado o seu nome, juntamente com Alfred Vail, que ficou mais ou menos esquecido, apesar de haver teorias que foi este o verdadeiro cérebro por dertás do código. Só que, como só tinha uma quota pequena nos lucros do telégrafo, desligou-se do negócio: segundo ele, deixaria o telégrafo sustentar-se a si próprio, visto este não o conseguir sustentar a ele.
Seja como for, o código Morse foi, até agora, o código electrónico com o maior tempo de vida: foi utilizado oficialmente como código de transmissões marítimo até 1999 (durante perto de 170 anos). A última mensagem de um navio francês em código Morse, em 1997 consistiu em "A todos. Este é o nosso último chamamento, antes do nosso silêncio eterno.".
O código mais famoso em Morse, é o "SOS", que não quer dizer "save our souls" ou "save our ship": SOS foi um código de emergência establecido na Alemanha em 1905 pela sua simplicidade, e não era representativo de letras: era somente o alinhar de três toques curtos, três toques longos, três toque curtos, etc. sem o espaço necessário entre os grupos de três (de modo a representarem letras) - era um toque simples de memorizar, mas suficientemente distinto. Só depois de adpotado como código internacional de emrgência no mar (em 1908) mais tarde se reparou que "s" em Morse eram três pontos e "o" três traços, e depois inventou-se estes (e muitos mais) significados, provavelmente para facilitar a memorização.
Do mesmo modo, é um mito que tenha sido o Titanic o primeiro a utilizar este código: a primeira vez que um navio emitiu um SOS, foi o paquete Slavonia, das linhas Cunard, a 10 de Junho de 1909. Tem algo a haver connosco, porque ele o emitiu ao largo dos Açores, tendo o sinal sido apanhado por dois barcos a vapor, que foram em seu socorro. Foi, portanto, também a primeira vez que se usou o SOS e ele originou um salvamento. O Titanic, curiosamente, nem sequer começou por emitir SOS: o sinal internacional de emergência no mar mais utilizado, na altura, ainda era (três anos depois do Slavonia) "CQD", que foi o empregue inicialmente. Só um pouco mais tarde o Titanic começou a emitir SOS e CQD, alternadamente. O que o Titanic originou, foi a obrigatoriedade de os navios terem de controlar o rádio a cada meia hora à procura do sinal de emergência: parte do drama, deveu-se ao facto de uma embarcação que estava nas proximidades não ter niguém no rádio durante tempo a mais.
Seja como for, fica aqui mais uma vez uma lenga-lenga para vos ocupar o tempo do fim-de-semana: podem descarregar uma folhinha em A4 com o código, fazendo um click neste boneco:
pdf
que vos dará a solução (tramada de encontar, concerteza) do que aparece aqui a passar:
fds morse
Para ajudar um pouco, ficam aqui umas regras:
  1. O espaço entre partes da mesma letra é igual a uma unidade de tempo (0,2 s., neste caso).
  2. O espaço entre duas letras é igual a três unicades de tempo (0,6 s).
  3. O espaço entre duas palavras é igual a cinco unidades de tempo (1 s).

Thursday, 15 February 2007

Estratégia comercial

buy heroes
"Veal & shrimp not included"????
Tendo em conta, mais uma vez, o post anterior, o asterisco sonoro de hoje debruça-se sobre a estratégia comercial. Desta vez não em forma de música, mas de um anúncio de rádio (falso, claro) pelos Arrogant Worms.

Avanços tecnológicos

Quando um tipo acha, que já não é possível fazer mais convergência de tecnologias no mesmo aparelho, os gajos do Feira Nova conseguem surpreender-nos. Ainda por cima, a este preço, até vale a pena comprar os 250 GB e ligá-los ao computador. Pelo meio, ainda se faz umas farturas.
fritadeira
(recebido por e-mail)

Wednesday, 14 February 2007

Nem azul, nem laranja, mas prontos


Heidi Taillefer (1970 - )
"Blue Valentine"
87,5 x 70 cm; óleo sobre tela

Apesar de eu não gostar do dia de S. Valentim, e sabendo que há quem goste, para hoje fica outra do Tom Waits, mas esta das mais velhinhas, da altura em que o nome do meio dele ainda era "Comgeloousemgelotantofaz".

P.S.: Ontem houve uns problemas com os asteriscos sonoros; agradecia que me avisassem se estiver tudo bem hoje - e estou a falar em termos funcionais, evidentemente. Em termos de conteúdo, já se sabe o que a casa gasta...

S. Valentim

heart

Não gosto do S. Valentim. Mais precisamente, do dia de S. Valentim. Felizmente, somos dois lá em casa, o que nos poupa uma desilusão anual.
O dia de S. Valentim é só mais uma manobra de marketing para manter vendas durante um período de acalmia. O comércio manda cada vez mais nas nossas comemorações (já nem falo no Natal): o dia da mãe em Portugal, por exemplo, era comemorado a 8 e Dezembro; foi a proximidade do Natal que fez com que fosse empurrado para o primeiro Domingo de Maio - é a distribuição de ocasiões comercialmente significativas ao longo do ano.
Mas, voltando à vaca fria (que ainda ninguém me soube explicar donde vem, apesar de, de certeza, haver quem se lembre de "vacas frias" no dia de hoje - mas isso já são outras histórias), o dia de S. Valentim, para mim, é como o vendedor de flores paquistanês: desgraçada relação, que precisa de um tipo a tocar-nos no ombro a lembrar-nos que ficava bem oferecermos uma flor.
Seja como for, e agora dirijo-me especialmente aos homens, se tiverem de insistir, e se tiverem um espacinho lá em casa (na chaminé da lareira, por exemplo, que é sempre um sítio louvável), há uma coisa que poderão oferecer neste dia aparentemente tão especial, e que fará a vossa parceira, corar de orgulho.
Como o texto está em Alemão, fica aqui uma tradução, para que não haja dúvidas sobre a qualidade do objecto de devoção (sim, porque se ajoelhou, tem de rezar):



Blow Job Award

A estatueta para o melhor "concerto de sopro"! O seu amor mima-o até à perfeição com a língua e a boca? E você quer declarar-se e agradecer-lhe com um prémio? Então temos a solução para si! Dê-lhe o "Blow Job Award" que ela merece...
Belissimamente trabalhada, de metal dourado, com cerca de 25 cm de altura.


E, acrescento eu: são 25 cm a €9,99 para recompensar a felicidade - um bom preço a pagar.

Enviado por e-mail pelo Filipe, meu irmãozinho exilado na Alemanha, que, pelos vistos, consegue ter uma carreira profissional e ainda ir à procura de coisas destas. Em alternativa, poder-se-ia dizer que teve de ir à procura de uma coisa destas, o que me faz querer conhecer melhor a minha cunhada.

Tuesday, 13 February 2007

Zeros a brilhar

zeroglow
Hoje, apesar de estar aqui sentado com a Internet a um click de distância, não consegui fazer um post decente, em boa parte devido à necessidade de comentar extensivamente o post anterior. Posso dizer, que me diverti mais. Seja como for, para "comemorar" mais um dia a zeros, fica aqui um dos últimos singles dos Blind Zero e, com o mesmo título, o primeiro dos House of Love (e uma das minhas canções favoritas deles).

Monday, 12 February 2007

11 de Fevereiro

referendo

Então, ontem lá foi o referendo. Eu, apesar do estado de decrepitude em que estava, lá fui fazer um boneco. Depois, sentei-me à frente da televisão e caí na real: nunca devia ter havido um referendo. Desta vez o PCP até tinha razão: devia ter-se alterado a lei logo no parlamento, e pronto. Para quê uma consulta popular, se mais de metade das pessoas não lá põe os pés - como, aliás, de todas as outras vezes?
Talvez Portugal tenha merecido a democracia, mas, hoje em dia, será que ela merece Portugal?
Eu só sei que se gastou uma pipa de massa num referendo, para, efectivamente, nada. Mais de dois milhões de Euros numa campanha (que, como já disse antes, na minha opinião era totalmente inútil), bem como outro pipo de massa que o Estado teve de gastar nas infraestruturas todas. E já nem falo na poluição gerada durante a campanha e pelo facto de se ter impresso mais de 10 milhões de votos (acho que a conta são aproximadamente 12 milhões: um por cada recenseado mais 50%), dos quais 9 milhões vão para o lixo, pura e simplesmente.
O facto é que, se lhe desse para aí, o governo poderia fazer destas últimas duas semanas (e do voto de ontem) letra-morta. E isto irrita-me. Irrita-me que tenha passado a ouvir um chorrilho de disparates (de ambos os lados) durante duas semanas, saído da boca de pessoas que não foram lá pôr uma cruzinha. Pode ter ganho o "sim", mas, ao contrário do que disse o Sr. Sócrates, a democracia não ganhou: perdeu, e em toda a linha. Porque para ter ganho, deveria ter seduzido as pessoas a votar nela, ou seja, a ter ido lá pôr uma cruz, qualquer que fosse. Mais de metade disse "não" à democracia. Das poucas vezes que se retirou o poder aos partidos e se quis dar uma voz ao povo (palavra que, cada vez mais, parece um insulto), ele rejeitou-o.
De resto, e ainda ne ressaca da argumentação estrambólica que se ouviu estas últimas duas semanas, eu até vos vou dizer, porque é que pus uma cruzinha no "sim". Não foi nem pela despenalização, nem pelo alinhamento com os outro países (brilante argumento, este!), nem pela liberdade de escolha, nem pelo fim da humilhação, nem nada.
Foi um voto de confiança.
Para mim, o pior argumento de todos foi o de que um voto no "sim" seria o descalabro, porque passaria a haver abortos a torto e a direito. E ouvir isto, saido da boca de mulheres, já nem foi extraordinário: foi chocante. Era como se estivessem a admitir, que a mulher é um ser acéfalo, sem sentimentos nenhuns, quer, pelo simples facto de o poder fazer, agora iria passar a abortar como se a vida dela dependesse disso.
Talvez as senhoras equivalente à Dra. N. Pinto achem isso, mas eu prefiro confiar. E, contradizendo-me um pouco, porque também já disse que nenhum dos dois lados tinha a razão abdsoluta do seu lado, eu acho que tenho razão. E, por isso, votei na confiança. E mai' nada.

Everything Zen? I don't think so.


De volta ao trabalho (e ao acesso de Internet, que não tenho em casa - é verdade. é verdade; mas já aprendi a comer com talheres e a usar água canalizada!), ao qual tenho faltado desde o dia do último post aqui no estaminé, devido a uma gripe de caixão prácova, que ainda não me deslargou da perna. Ainda estou com febre, e dói-me o corpinho todo (exceptuandoo dedo mindinho do pé direito e o lóbulo da orelha esquerda).
Portanto, estou de volta, mas não estou lá muito bem afinado, e, para voltar ao título do post, aqui ficam os Bush, com dois asteriscos sonoros. O primeiro dispensa comentários, o segundo não tem razão nenhuma de aqui figurar, excepto pelo facto de eu gostar - espero que vos aconteça o mesmo.

Tuesday, 6 February 2007

No seguimento do post anterior, o asterisco sonoro de hoje é dos Danzig. Apesar da imagem daqui (uma das capas deles) e de eles serem, um grupo de Heavy Metal Satânico, podem fazer click no play à mesma: esta nem é muito violenta.
O vocalista (e "dono" da banda) é o Glenn Danzig, a seu tempo fundador e vocalista dos Misfits e dono da sua própria editora de banda desenhada. Um dos seus autores favoritos, é o Simon Bisley, que também já fez uma capa para um disco dos Danzig (tal como o H.R. Giger - o que concebeu o "Alien", do filme).
Quem quiser, pode dar uma espreitadela às duas capas aqui (Bisley) e aqui (Giger).
O asterisco é orgulhoso proprietário da discografia toda dos meninos - só me falta um, o "Black Aria" (fica aqui o apelo!), que é virtualmente impossível de arranjar, pelo menos a preços normais (90 órios? Não me parece, obrigado).

...

sempio
Estou afónico. Que merda.

Este post contém texto "mudo": para ler, é só seleccionar tudo, que ele aparece.

Monday, 5 February 2007

Aaaaaaaaa... aaaaaaaaatchiiiimmmm


DJ Richard; o post anterior di-lo todo. Parece que para lá caminho, se ainda não lá cheguei.

1º bost reziglado do asderisgo

Dou gostibado

Dada ze desberdiça, dudo ze abroveida? Beeeeuuuuurk!

Eu não o diria melhor...


...mas também não o diria pior.

Dá que pensar...

PROPOSTA DE VALOR

As Finanças (o maior cliente dos CTT) preparam-se para nos enviar umas cartinhas. Dentro, virá a conta do IMI.
O IMI está caro, e tem subido de preço. Agrava o custo de vida e não percebo por que não é contabilizado no cálculo da inflação. Este ano, espero pagar em IMI (não confundir com habitação, que é outra coisa, e aqui apenas um pretexto) mais do que em educação, em saúde ou em cultura.
Por mim, preferia que a carta me fosse enviada pela Câmara Municipal:
"Caro munícipe. Escreve-lhe o presidente da Câmara. Junto a factura do IMI. Lamento não ter quase nada para lhe oferecer. Por isso pagará o mínimo. Somos um município «low cost». Melhores cumprimentos.".
Uma proposta honesta; pelo menos mais honesta do que aquelas que, oferecendo o mesmo, cobram o máximo.
Outras propostas poderiam ser muito mais elaboradas. Falariam de limpeza, segurança, mobilidade, espaço verdes, cuidados de crianças ou de idosos, enfim, serviço. Evidenciariam que o barato pode sair caro, e que há coisas que só são caras na aparência. Nós escolheríamos.
Há um longo caminho a percorrer nesta coisa de serviço público...
Daniel Bessa, Expresso, 03/02/2007

Friday, 2 February 2007

Point and click


E como o tema de hoje são os clicks e os pontos, os asteriscos sonoros também não fogem muito a isso.
O primeiro, do Bruce Springsteen (antes do "Born in USA", quando ainda fazia coisas de jeito) é um disparo à queima-roupa, bem de pertinho, e eu gosto de pensar que os clicks acabam por aproximar as pessoas o suficiente para se poder cheirar a pólvora.
O segundo, dos Echo Orbiter, é uma mentira, e, por isso, já vos dei os parabéns antes.

Pontos de situação

Enquanto estive aqui ausente, durante quase dois meses, o contador lá em baixo passou os 50.000. Como me tenho esquecido de vos dar os parabéns pela paciência, fica aqui este, para o fim-de-semana:

Parece estar "ratado"? A imagem é composta por 50.000 pontinhos: é cada um dos clicks a compor o que vos desejo hoje.
Quem não acreditar e tiver um fim-de-semana sem nada para fazer (não sei porque acho sempre que não têm mais nada para fazer...), é só fazer maizum click no ícone aqui abaixo e descarregarem para o computador: é um documento Acrobat Reader, em A4, com a imagem ampliada. Se quiserem abreviar a contagem (se tiverem, portanto, algo que fazer este fim-de-semana, mas não muito), fica aqui uma dica para encurtar a análise: são 100 pontinhos na vertical e 500 na horizontal - é só verificar a contagem e multiplicar.

Thursday, 1 February 2007

Trocos


O asterisco sonoro de hoje, tem o mesmo título do de ontem. Este, tem a particularidade de fazer parte de um disco que, de facto, deu uns trocos aos Yes - mais precisamente, foi o disco deles que mais vendeu: a canção mais conhecida dele é o "Owner of a lonely Heart", mas eu sempre gostei mais desta.
Vale a pena dar uma vista de olhos pelos desenhos das capas da maioria dos discos deles, feitas pelo Roger Dean.

Henrique Oleiro


JÁ ESTÁ!!!! Sou um dos milhares de bacocos que já pré-encomendaram o último livro da série e que fizeram com que, sem sequer ainda se saber quando ele sai este ano, ele já esteja em segundo lugar dos mais vendidos na Amazon. Há que dar a mão à palmatória: é obra.
Quem vive? Quem morre?
Não há direito. Deixar um tipo assim durante uma data de meses. Cá para mim, só sai a tempo do Natal (como se necessitasse do Natal para vander...). Vou ter de arranjar Lexotans.


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