Friday, 30 September 2005

Expulsão


Pronto, eu admito. A culpa foi minha, que não reparei no comentário do Crow a dizer que afinal conhecia Boney M. E como não acredito na tortura gratuita, vai haver uma expulsão nos asteriscos sonoros. Saem os Boney M, entram os Bloodhound Gang. A canção é tirada do último CD deles, "A hefty Fine", que saiu esta semana. Lembram-se daquela que começava
"The roof, the roof, the roof is on fire
The roof, the roof, the roof is on fire
We don´t need no water, let the motherfucker burn
Burn motherfucker, burn"?
São os mesmos mânfios, e eu estou a divertir-me que nem um preto (branco, amarelo, vermelho, azul, verde) a ouvir isto.

Maria acorrentada a Jesus


Para emparelhar com os Boney M, uma canção retirada deste disco. Fui vê-los duas vezes: a primeira no Rock Rendez-Vouz, ainda não tinham lançado o Psychocandy, a segunda, bem mais tarde, no pavilhão d'Os Belenenses.
Os músicos que foram influênciados pela sonoridade deste disco são como areia no mar - dos House of Love até Marilyn Manson, foram aos milhares; até os Cure, que na altura já tinham quase dez anos, admitiram terem sido arrasados.
As fotografias da capa interior foram todas tiradas em Lisboa - vêem-se as inscrições a canivete nas portas de madeira que eles usaram como fundo.
Portanto cá está: The Jesus and Mary Chain - um dos grupos mais influentes na música dos últimos vinte anos.

P.S.: Em relação aos Boney M, esqueçam tudo. O post seguinte é que é válido.

Estados de alma

Como lagarto (semi-adormecido) que sou, não posso deixar de partilhar o sentimento:
A MINHA HALM 'STÁD PARVA.

Um corvo e luzes de discoteca

Na senda do serviço público deste blog, ficam nos asteriscos sonoros os Boney M, que o Crow não conhecia, pelo menos de nome. Lá mais para a tarde vai-se-lhe juntar outro, para fazerem parelha durante o fim-de-semana.

Thursday, 29 September 2005

Banheiras?



Eu cá não sei o que é que o senhor quer dizer, mas quer me parecer que está carregadinho de razão.
O filme demora um pouco a carregar, mas tenham paciência, que vale a pena - para não disparar inadvertidamente no escritório, têm de carregar na setinha do play.

Noitadas


Lembro-me de ser puto e da minha definição de noitada ser ficar acordado na cama com um rádio a pilhas cor-de-laranja Sanyo, a ouvir o "Quando o telefone toca", à espera de que alguém dissesse a frase e escolhesse a canção que está a tocar nos asteriscos sonoros. Que passam de Iron Maiden para ABBA. A vida, parafrasenado o grande Paulo Futre, às vezes dá estas voltas de 360 graus.

The Noise is back in town

A quem quer que tenha respondido ao meu apelo do post anterior, um grande obrigadinhos, que os gajos cederam e já têm o servidor a ripar. Segue, em momentos, novo asterisco sonoro.

Wednesday, 28 September 2005

Asteriscos imutáveis

Já deram pelo facto de os Iron Maiden estarem a partir loiça desde sexta-feira, evidentemente. Isto não tem a ver com o facto de eu ter um especial fascínio pela canção, mas somente com a mudança física da localização do servidor. Os tipos do Ripway mudaram de cidade, e levaram tudo às costas. Pelo meio, e segundo eles, avariarou-se irremediavelmente uma máquina deles, o que atrasou tudo. O resultado, é que agora não dá para gerir os ficheiros lá colocados, até eles resolverem o problema. Até a situação mudar, vão ter de gramar com o "Number of the Beast", tipo música de elevador.
Se quiserem fazer a diferença, mandem um e-mail aos gajos, a explicar que o asterisco está a ficar com os braços descaídinhos. Que eu até paguei adiantado por seis meses para vos poder dar música sem interrupções...

Tuesday, 27 September 2005

Patetice alegre

Isto não serve para nada, mas pode dar algum gozo.
  1. Criem um ficheiro qualquer (Word, Excel, qualquer coisa);
  2. Guardem-no com o nome de alguém que por alguma razão e de momento não queiram ver à frente, nem pintado de ouro;
  3. arrastem o ficheiro para o lixo;
  4. escolham a opção de deitar fora;
  5. "Do you wish to erase "nome do idiota aqui"?";
  6. "Yes".
Pum. Pum.

Colômbia

- Oh, amigo. Faça lá o favor de tirar essas suas pedras da via pública, que ninguém consegue passar por aí.
(...)
- Chefe, olhe que já lhe pedi há uns tempos para tirar as suas pedras daí, para desocupar a via pública.
(...)
- Atão mas o que é isto?
- Como presidente da junta da freguesia, vim aqui, com estes dois funcionários da junta, para remover estas pedras da via pública, visto que o senhor, após várias insistências, se recusou a fazê-lo.
- Ai é? Ai é?! Deves achar que és espertinho, não? Espera aí um pouco, que eu vou lá a casa e já venho.
(...)
Pum. Pum.

O presidente da junta de freguesia de Vila Franca das Naves e candidato pelo PSD a recandidatura está morto, e o senhor das pedras está na choldra.

Cathedral


Saiu ontem o novo CD dos Cathedral - "The Garden of Unearthly Delights" -, e aqui o je já está a curtir o som, a bombar nos headphones.
Curioso, como ninguém acha que estar na minha sala a discutir bola não é poluição sonora, mas qualquer musiquinha que fuja aos gostos pessoais origina protestos.
Que se lixe - levanta-se o volume e é SEMPRE A ABRIR!

P.S.: Já me esquecia: este CD é a edição especial - vem numa capinha toda janota e o próprio do disquinho cheira a maçãs verdes!!!

Monday, 26 September 2005

Os Silvas - A vida continua

A notícia caiu que nem uma bomba para os lados da Picheleira e freguesias adjacentes: após 18 anos de dedicados serviços, o Sr. Silva vendeu o seu bólide calçado de Mabores. O comprador foi o "Chpício", irmão mais novo do Fanã, que nada mais queria do que seguir na peugada do irmão, sobretudo depois de o Fanã ter escaqueirado o Civic contra uma cabine das portagens da ponte Vasco da Gama - "é a minha oportunidade, caralho!", confessou o "Chpício" à "chavala" do momento, a Linda (só de nome). O "Chpício" ganhou a alcunha daquela vez que fez a 2ª círcular em cavalinho com a sua Casal Boss, com o "Bitaites" à pendura, vindo do Benfica-Moreirense. O agente da BT, que o parou por alturas do aeroporto enviou uma mensagem para o posto de comando, a dizer que "temos aqui um para o hospício.", e o "Bitaites" não se fez rogado em divulgar.
O "Chpício" compete neste momento na 2ª divisão do Campeonato Regional dos Malucos do Volante, sob o petit nom de "Chpício - o Terror da Ponte do Trancão". Basicamente, não se o pode deixar sair à frente no arranque, porque senão os pneus vão à viola à custa das peças que o AX semeia pela estrada. A ideia é fazer as pontes menores, para depois se apresentar em glória na Vasco da Gama.
Seja como for, e voltando atrás, o mal estava feito: o Sr. Silva vendeu o AX - agora é o orgulhoso dono de um Opel Kadett de 1997, vermelho metalizado, matrícula 45-38-HX (fica feito o aviso). O José Leonardo ao ver o bólide pela primeira vez, ainda exclamou "Haxixe! Que fixe!", o que lhe valeu uma bélinha e o reparo "O qu'é que tu sabes disso, meu ganda maladro?! Toca mazé a andar daqui!".
Chega o Sábado e o dia da primeira excursão familiar no novo coche, graças ao facto de o Sr. Silva ter recebido mais cedo, por causa do fim-de-semana. Ainda por cima, o automóvel já está apetrechado com os essenciais para um empreendimento da envergadura: o São Cristovão já está colado no tablier (ao lado da fotografia da esposa - "Assim é que não me gamam a viatura de certeza, cum caneco"), o rosário pendurado do retrovisor, e o canito-que-abana-com-a-cabeça colocado na traseira, em cima do resguardo em ponto-de-cruz, feito à medida pela Sra. Etelvina.
Após ter instado todos a tomarem os seus lugares no carro (o Zé Francisco levou dois calduços em corrida, o Zé Leonardo um pontapé no rabo, a Sra. Etelvina foi aconselhada a "mexer essas banhas" e a Sra. Dona Felismina, dilecta sogra, foi ameaçada com a subtracção da dentadura durante três dias), o Sr. Silva dá à ignição, simultaneamente espremendo o acelerador até ao fundo. Isto origina uma barragem de décibeis comparável ao arranque do AX, o que despoleta uma lágrima ao canto do olho do Sr. Silva, prontamente disfarçada com uma exclamação sobre "a merda da mosca" - termo brindado com um olhar de desaprovação pela esposa, "por causa dos miúdos".
Já na subida a caminho da rotunda das Olaias, a família Silva vai-se preparando mentalmente, não sem alguma mostra de nervoso-miúdo, para o destino final, semelhante a tantas outras milhares de famílias lusas, cientes do seu tempo-livre: o Continente.
Após 45 minutos na fila de acesso ao parque de estacionamento do Éden em Terra, interrompidos pelo Sr. Silva a queixar-se que ninguém trabalha neste país (sendo que o Zé Leonardo repara que "Ó pai, mas hoje é Sábado, ninguém trabalha!" - "Tu de certeza que não, meu madrião!! Bons tempo, quando a tropa era obrigatória, que faziam de ti um hom... Ó meu granda camelo! Essa carta, foi tirada na farinha Amparo, ou quê? Tira-me lá a porcaria do AX da frente, senão passo-te a ferro, ó palhaço!"), lá se acede ao piso -1, tendo o Sr. Silva sido o responsável por um acréscimo na fila atrás de si em mais 100 a 120 carros, devido ao facto de ter ficado à espera que o segurança tirasse o sinal que o redireccionava para o piso -2.
Uma vez no parque, o Kadett é guiado direitinho à zona de acesso ao Shopping, e parado mesmo à beirinha, à espera que vague um lugar. Passados 20 minutos, lá aparece um senhor de idade, de bengala, que se dirige para o seu automóvel, estacionado num lugar para deficientes.
Como tudo aquilo já não se processa à velocidade de tempos idos, o Sr. Silva incentiva-o através de buzinadelas, sinais de luz e a comparação, a todos os títulos brilhante (segundo o autor), de que "até eu com entupimento arreio o calhau mais depressa do que você tira daí o chaço".
Um arranque suportado por pneus a chiar, uma travagem com igual fundo sonoro e uma família descarregada depois, o Sr. Silva está envolto em luzes consumistas, a ser bafejado pelo ar condicionado e a ocupar toda a largura do tapete rolante. O bólide ficou semi-atravessado no lugar para deficientes, com a justificação de que "'tou rodeado de atrasados mentais e uma velha a cair da tripeça, posso pôr aqui".
Uma vez no templo, as funções já estão bem estudadas; o Sr. Silva e a esposa vão carregando o carrinho até à explosão, o José Leonardo vai experimentar os jogos da Playstation (pelo meio consegue gamar um DVD - "Nikki Jugs does Stratford-upon-Avon" - graças ao dispositivo que o Leandro Cigano lhe arranjou, para desarmar o alarme) e o José Francisco vai ver os novos acessórios dos Action Mans, meio à socapa, que o pai não aprova "das bonecas do puto. Ai se a tropa ainda fosse obrigatória!". A sogra fica incumbida de empurrar o carrinho, o que no início até a ajuda, por causa das varizes nas pernas, mas, com o acrescer de compras, se torna uma tarefa hercúlea.
Apesar de não abdicar de comprar o alicate de pinças mais caro do expositor, o Sr. Silva não se escusa de comentar que a esposa é uma gastadora, porque os tampões Modelo/Continente são muito mais baratos do que "aqueles todos esquisitos, com aplicador", ao que a Sra. Etelvina riposta que se ele quiser, pode ser ele a lhe aplicar os simples, o que tem o condão de o calar, por impossível que pareça.
Quatro horas após a franquia dos portões do céu das compras, a família Silva está de novo reunida: o Zé Francisco consegue enfiar o escafandro do Action Man entre os legumes, o José Leonardo tem um caminhar muito direito, como se tivesse uma tábua nas costas, o Sr. Silva já mais apaziguado depois de ter conseguido levar 2 grades de minis sem a esposa protestar demasiado (na altura estava a remexer a pilha de bacalhau da Noruega graúdo, à procura da posta melhor), e a Sra. Felismina a arfar atrás do carrinho de compras, cuja conteúdo roça nos cartazes pendurados do tecto.
O Sr. Silva, que de parvo não tem nada (de novo, na opinião do próprio), encaminha-se para a caixa mais vazia - a das compras até 10 unidades, claro está - e começa a distribuir as compras à dezena pela família. O truque, é cada um pagar 10, entrar de novo, e pagar outros dez. Pelo meio, e em sinal de extremo civismo, o Sr. Silva até deixa passar uma grávida - "sem aliança, a ordinária", comentará ele mais tarde com a esposa, sem lhe confidenciar, no entanto, os seus pensamentos mais íntimos, que envolviam a dita senhora e a possibilidade de ela não estar de esperanças.
Já visivelmente bem disposto à conta da sua esperteza ("olha-me os tansos todos na bicha!"), o Sr. Silva comanda todos de volta para o carro, especialmente o José Francisco, cuja marosca do escafandro foi descoberta na altura da conferência da factura: "Olha-me o sacana do puto mais as suas bonecas! Qu' é isto? Um escafandro? 15 Órios para o puto me brincar com bonecas?!" - novo calduço na nuca, seguido de pontapé no rabo - "A andar, qu'a gente quando chegar a casa já fala! 'tou feito com o raio do puto.".
Já tudo instalado no recém-adquirido bólide, a sogra com duas grades de minis ao colo - "Veja lá, não me mame isso tudo!" seguido de gargalhadas alarves - o Sr. Silva arranca na ganga em direcção à Picheleira, de volta ao ninho familiar, que dá a bola às 19.45. Tendo em conta o estado do veículo, não é bem na ganga, é mais terilene com fecho éclair, mas enfim: o mais depressinha que um Kadett 1.2 consegue andar com 340 Kilos de peso a mais. A rotunda do Areeiro é feita com tanta verve, que uma das grades tomba, despejando as minis pelas traseiras do carro, o que origina umas chapadas dadas ao calhas para trás, que alguém há de ter culpa.
Chegados a casa - nenhuma das garrafas se partiu, por sorte "senão é que corria os putos todos ao pontapé, qu'aquilo é ouro, caraças!", chegou a altura de o Sr. Silva se instalar na sua poltrona, que a bola vai começar. A Sra. Etelvina traz-lhe uma mini, o que é recompensado com uma palmada no traseiro seguido das palavras: "Ainda serves para alguma coisa", o que, curiosamente, é entendido como um elogio por ambos. Três minis, dois golos e quatro cartões amarelos depois, o Sr. Silva adormece, não sem antes pensar que tinham sido uma compras bestiais, que já só havia duas minis no frigorífico.
Amanhã vai-se ver as lojas, que o Continente está fechado.

Friday, 23 September 2005

Ena, que dia tão bom

Estou atolado em trabalho, o Ripway está em manutenção e não me deixa fazer a actualização dos asteriscos sonoros, mal tive tempo para ir aos vossos blogs, tive que comer uma merda dum MacDonald's à pressa (que ainda estou a arrotar) e não me lembro de nada para escrever.
Há dias, que só são bons depois da meia-noite, e este, definitivamente, está ser um deles.
Não fossem os vossos comentários nos posts anteriores, e não sei, não.
Desejo a todos um grande fim-de-semana, que o consigam aproveitar da melhor maneira possível.
Um bem-intencionado empurrão para a frente para a S. e a Viuva Negra (li o teu post com um dia de atraso, e só a estas horas).

Thursday, 22 September 2005

Estratégias eleitorais

Semi-gamado daqui, mas com uma profunda vénia de respeito:

Parece que vai haver outro debate Carrilho - Carmona.
Segundo consta, o Carrilho já amputou as duas mãos. Os estrategas da campanha estão a ponderar o que fazer quando o Carmona o quiser cumprimentar com dois beijos. Uma das opções é deixá-lo aproximar-se e depois enfiar-lhe uma bruta cabeçada à Cais do Sodré.
O país está ansioso de expectativa.

Táxi bestial

Hoje, quando vinha a caminho do trabalho, ia à minha frente o táxi lisboeta com o número 666.
Nem mais: fica aqui o asterisco sonoro do dia retirado de um dos melhores discos da malta da pesada de todos os tempos - o heavy metal nunca mais foi o mesmo depois do Number of the Beast.

Neurónio


É feio ser narcisista, mas eu admito: o "I wanna be adored" dos asteriscos sonoros tinha uma segunda intenção.
Foi ontem à noite a entrega dos Prémios Neurónio, o festival de marketing directo dos CTT - o único em Portugal dedicado exclusivamente a esta área, e dois trabalhos meus estavam na shortlist para ganhar. Este é um dos troféus, e é MEU. Em boa verdade, é nosso, porque o ganhei com o meu copy, o Rodrigo. Mas o palhaço não tem blog, portanto aproprio-me um pouco.
O título é "Melhor mailing business-to-consumer - Categoria Automóvel", e foi ganho com um mailing para a Volvo. E digam lá: fica bem o asterisco no topo, não?
I like being adored.

Wednesday, 21 September 2005

Rectómetro

s. m. máquina que serve para, ao mesmo tempo, dobrar e medir os tecidos.
(in Diário Universal da Língua Portuguesa; Texto Editora)

Porquê? O que é que vocês pensavam?

Adorações

Já não ouvia a canção que está a bombar nos asteriscos sonoros há uns 15 anos. Muita gente sofreu, quando se tratava de dançar isto e eu estava por perto; agora não correm esse risco.
A canção começa baixinho, portanto não estranhem se no início não ouvirem nada, ou pouco.
Os Stone Roses fizeram este disco, que foi uma revolução na altura e pôs Manchester no mapa musical do mundo (chamavam-lhe "Madchester"), e depois foi sempre a descer.
Mas ficou a adoração por esta musiquinha.

Nunca esquecer

O que até agora era um segredo bem guardado, passa aqui a ser público: sendo de origem judaica, uma boa parte da minha família (até à minha avó paterna, sendo que essa, naquele tempo, já cá estava) passou pelos campos de concentração, e desses, houve quem de lá não tivesse saido. Vinham da URSS, em fuga duns, para cair sob a pata de outros.
Ontem morreu (e morreu, porque "faleceu" e os outros termos são eufemismos idiotas e fracos) Simon Wiesenthal. Durante cinquenta anos perseguiu os carrascos e os responsáveis pelos massacres cometidos nos campos de concentração, pelos quais ele próprio também passou.
Ele refutava a acusação de ser vingativo, dizendo que "o único valor de quase cinco décadas do meu trabalho é um aviso aos assassinos de amanhã, um aviso de que eles nunca estarão em paz.".
Não resisto a transcrever aqui uma história que vem hoje, no Público:
Durante um jantar em casa de um outro sobrevivente dos campos de extermínio entretanto transformado num bem sucedido joelheiro, o anfitrião perguntou-lhe: "Simon, se tivesses voltado a construir casas (ele era arquitecto - N. do *), hoje serias um milionário. Por que não o fizeste?", "Tu és um homem religioso", respondeu-lhe Wiesenthal, "acreditas em Deus e na vida depois da morte. Eu também acredito. Quando chegarmos ao outro mundo e encontrarmos os milhões de judeus que morreram nos campos e eles nos perguntarem 'O que é que fizeste?', as respostas serão variadas. Tu vais dizer 'Tornei-me num joelheiro', outro vai dizer 'Contrabadeei café e cigarros americanos.', outro dirá 'Construi casas.'. A minha resposta será: 'Não me esqueci de vós.'"

Simon: Zecher Tzaddik Livrocho.

100% fiável

Fui aqui, e descobri este teste.

Your Hidden Talent

You're super sensitive and easily able to understand situations.
You tend to solve complex problems in a flash, without needing a lot of facts.
Decision making is easy for you. You have killer intuition.
The right path is always clear, and you're a bit of a visionary.

As verdades têm de ser ditas. Sem falsas modéstias. Estou a lembrar-me de mais algumas coisas, mas pronto.

Tuesday, 20 September 2005

Em crescendo

Se vos acontecer como a mim, no início da canção dos asteriscos sonoros de hoje ainda estão em surdina, e o mais tardar no primeiro "oh, tainted love" já vão a cantar a plenos pulmões.

Progresso

Já nós temos 21% de IVA, e na Alemanha ainda discutem a subida de 16% para 18%. Aprendam, bacocos.

Flugubainger

No post anterior, houve um comentário do que temumblogdizelemuitagrande. Fica aqui o esquema do Flugubainger, e uma curta sinopse.

Para ver melhor, basta clicar na imagem
Sinopse:
A base, é um tambor oco, no qual se encontra uma hélice. Por um lado entra água, no outro sai. Esta água é forçada para dentro do tambor por um compressor (daqueles de lavar carros, chega). Como o circuito é fechado, nem se gasta água - muito ecológico.
O eixo vertical da hélice está ligado a uma trave de madeira, que, por sua vez, está ligada a uma funda. Na continuação do eixo, encontra-se o mecanismo de lançamento, que é mantido afastado da funda através de uma lança com um gancho na ponta.

Funcionamento:
  • Ateste-se o circuito de água.
  • Coloque-se os objectos / pessoa(s) (estas, se necessário, e para facilitar, podem ser postas inconscientes através de repetidos impactos contra uma parede com a mioleira) a serem projectados na funda.
  • Ligue-se o compressor.
  • Quando a rotação chegar à velocidade desejada (+ velocidade = + distância de lançamento), puxe-se pela pega no fim do sistema de lançamento, que a funda abre-se e projecta o conteúdo.
P.S.: Obrigado pelo nome e pelo desafio.

Prorrogação de prazo

É só para avisar, que ainda podem descarregar ab-so-lu-ta-men-te de gra-ça a entrevista ao N'Jomba na Rádio Moçambique (clicar aqui e escolher 'save') e o "Comunicado do MLCM" (é aqui).

Monday, 19 September 2005

Papeladas

A B-Good teve de se confrontar com montes de papel, agora que voltou de férias. Como uma das opções era atirar tudo pela varanda, mas havia o risco de ela ser levada com o balanço, aqui fica uma sugestão. Se alguém tiver um problema semelhante, o desenho não é patenteado: usem e abusem. Têm é que construir a máquina vocês mesmos (dois tubos de metal, duas placas de madeira e quatro parafusos e respectivas porcas).

cliquem na imagem, para acederem a uma mais ampliada

Friday, 16 September 2005

Redenção

Depois de ter colocado a Britney nos asteriscos sonoros durante um fim-de-semana inteiro, e, sobretudo, depois de ter deixado a minha consciência (é verdade, tenho uma) a marinar durante dois dias nesse pecado mortal, decidi que iria proceder de maneira inversamente proporcional à lamechice. Portanto, fica aqui, até amanhã, um clássico do punk-rock português: Mata-Ratos e o inesquecível (para quem alguma vez ouviu) "a senhora mãe da minha dilecta esposa que eu amo acima de tudo puxa carroças no Minho".
É a chamada "Reacção à la Bush".

Som de fim-de-semana

Quando comecei com os asteriscos sonoros, nunca pensei pôr algo desta menina. Mas agora, já é tarde. Já lá está. E consigo imaginar vários insultos e até os seus remetentes.
Sobretudo depois disto: olhem que a canção, dentro do género, não é nada má.
Bem como outras coisas da Britney...
Um grande fim-de-semana para todos!!!

O MLCV e o N'Jomba

Como rebuçado de fim-de-semana, cliquem aqui e escolham 'save as', para fazer o download do "Comunicado do MLCM" e aqui para o download da entrevista ao N'Jomba.
Se não conseguirem, é porque a minha conta excedeu o limite de downloads por dia - é esperarem uma hora e tentarem de novo.

Logro

Tropecei recentemente, devido à pesquisa para os dois posts explosivos, em vários avisos, e lembrei-me de fazer um post sobre "como criar um e-mail a protestar sobre químicos perigosos". A ver: Passo um - o chamariz:

ALERTA URGENTE!
Divulguem esta mensagem a todos os vossos contactos!

Aviso sobre o monóxido de dihidrogénio (MODH)

O MODH não consta de nenhuma lista dos químicos tóxicos ou cancerígenos de nenhum país do mundo, apesar de ser um composto bem conhecido de várias substâncias e agentes causadores de doenças, podendo ser letal para o ser humano em quantidades muito pequenas. Todos os anos causa milhares de mortos e prejuízos na ordem dos milhões de Euros!
O monóxido de dihidrogénio é também conhecido como óxido de dihidrogénio, hidrogénio hidróxido ou ácido hídrico. É um composto químico inodoro e transparente, o que o torna indetéctável ao olfacto.
A sua base é o hidrogénio, um gás extremamente volátil, que poderá ser encontrado em vários compostos ácidos, venenosos ou explosivos, tal como o ácido sulfurico, a nitroglicerina ou o alcóol etílico.


Alguns dos perigos associados ao MODH:
  • caso inalado, origina morte por asfixia, mesmo em pequenas quantidades;
  • exposição prolongada a MODH no estado sólido causa danos sérios ao ser humano;
  • a ingestão excessiva causa uma série de efeitos secundários desagradáveis, apesar de, normalmente, não letais;
  • MODH é um dos principais componentes das chuvas ácidas;
  • MODH em estado gasosos pode causar queimaduras sérias
  • contribui para a erosão dos solos;
  • é causa de oxidação e corrosão de muitos metais;
  • a contaminação de circuitos eléctricos cause frequentemente curtos-circuitos;
  • a exposição faz decrescer radicalmente a eficácia dos travões dos automóveis;
  • encontra-se sempre que se faz uma biópsia a tumores de pacientes terminais;
  • é frequentemente conotado com o aparecimento de catástrofes naturais, devido a possíveis variações de temperatura e densidade.

Utilizações de MODH
Apesar de ser reconhecidamente perigoso, MODH continua a ser utilizado correntemente na indústria e na vida privada. Algumas das utilizações mais frequente são:
  • solvente e refrigerante industrial;
  • em centrais nucleares;
  • aumento de performance em atletas de topo;
  • fabrico de esferovite;
  • fabrico de armas biológicas e químicas;
  • como aspergimento no combate a fogos;
  • durante a interrupção voluntária da gravidez;
  • como componente fundamental no fabrico de bombas caseiras;
  • como sub-produto na combustão hidrocarbónica;
  • como sub-produto em ares condicionados;
  • historicamente, foi utilizado nos campos de morte Nazis e em prisões na Turquia, Sérvia, Croácia, Líbia, no Iraque e no Irão;
  • foi utilizado em campos de prisioneiros pelos japoneses e pelos chineses, durante a Segunda Guerra, como veículo de tortura;
  • é utilizado em piscinas, para manter o equilíbrio químico;
  • em laboratórios que executam testes em animais;
  • na produção e distribuição de pesticidas.

O que é chocante, e poderá não saber, são as utilizações dadas ao MODH em produtos do dia-a-dia:
  • aditivo de alimentos, nomeadamente comida em boiões para bebés, sopas, bebidas carbo-gaseficadas e sumos supostamente "naturais";
  • xaropes para a tosse e outro fármacos líquidos;
  • sprays de limpeza de fornos;
  • shampoos, cremes de barbear, desodorizantes e muitos mais produtos de beleza;
  • como preservante na zona dos frescos, nos supermercados;
  • na produção de cerveja;
  • em carros de Fórmula 1, apesar de, neste caso, a sua utilização ser regulamentada pelo organismo da tutela;
  • uma das pesquisas mais recentes, e mais surpreendentes, sobre a contaminação por monóxido de dihidrogénio, trouxe à luz o facto de ser utilizado correntemente domo "descontaminante". Estudos demonstraram que mesmo após cuidadosamente lavados, vegetais leguminosos e outros produtos alimentares contaminados por MODH, mantinham índices de contaminação de MODH altíssimos.
Sintomas de contaminação por MODH no ser humano:
  • sudação excessiva;
  • urinação excessiva;
  • náuseas;
  • vómito;
  • desiquilíbrio electrolítico;
  • hyponatremia;
  • um fenómemo clínico recentemente observado contempla pequenas quantidades de MODH a serem expelidas pelos cantos dos olhos, como resultado directo de irritação particular externa, reacções alérgicas (incluindo choque anafiláctico) e, por vezes, depressões químicas graves.
Já está. Neste momento já estamos todos a enviar mails em todas as direcções, a prevenir até o nosso mais acérrimo inimigo sobre os perigos do monóxido de dihidrogénio. Aliás, e já agora, deixem-me fazer aqui mais uma pequena aula de química:
  • monóxido, quer dizer uma molécula de óxigénio;
  • dihidrogénio, quer dizer duas moléculas de hidrogénio.
Se exprimirmos isso numa fórmula, chegamos a H2O.
E digam lá que qualquer coisa no aviso é mentira...

P.S.: Já mencionei que uma das minhas escolhas profissionais passava pela engenharia química?

Thursday, 15 September 2005

N'Jomba

Nos sonoros hoje, a entrevista ao N'Jomba, pela Rádio Moçambique. A qualidade é miserável, mas é largamente compensada pelo conteúdo e pela forma. Se o anterior era de chorar, este é de se colapsar. No entanto, pelo meio, o senhor até diz algumas coisas com muita razão.

Ausência de espírito

Li na Lista de compras, e até pensei ser de fino recorte humorístico, mas decidi ir ver se era verdade, tendo em conta os comentários que foram feitos ao post.
E não é que é?!
Fátima Felgueiras anuncia a 4 de Agosto a recandidatura à Câmara de Felgueiras e o regresso a Portugal, disse fonte do movimento de apoio à autarca. Uma fonte do movimento "Sempre Presente - Fátima Felgueiras a presidente" adiantou à Lusa que o anúncio deverá ser feito em conferência de imprensa no Rio de Janeiro, onde está desde 2003, para escapar à prisão preventiva devido ao processo do "saco azul". A mesma fonte garantiu que "está terminada a recolha de assinaturas" para a recandidatura e que Felgueiras "regressará a Portugal para difundir a mensagem e enfrentar o julgamento agendado para 11 de Outubro".
Na última reunião do movimento, Felgueiras interveio, por videoconferência a partir do Brasil e, além de reafirmar o "sim" à candidatura, "garantiu que regressaria a Portugal para enfrentar a justiça".
Já não está muito actual, mas pronto, só agora tropecei nesta migalha de informação.

Para dias maus - II

Agora, já temos o bom do nosso trinitrato de 1,2,3-propanotriol, que tem a desvantagem de explodir ao espirro. E como isto tem graça mas é com os outros, vamos tornar a coisa menos antipática para os nossos lados. Tratemos, então, de facilitar o transporte. E de evitar irmos parar a Marte, quando exclamarmos a plenos pulmões: "Toma lá ó meu ganda filho duma cadela!".
Primeiro, precisamos de terra diamitácia (dióxido de silício em pó). Para isso, é só ir ao supermercado, e comprar areia de gato (aquela das pedrinhas brancas). A parte chata é eliminar as pedrinhas: ou moem tudo (complicado, que aquilo é duro como cornos) ou eliminam as pedras, ficando com o pó e a areia. O truque, é que essa terra é muito absorvente (claro) e tem a característica de estabilizar a Nitroglicerina: uma vez absorvida, podem atirar com aquilo contra uma parede, que não acontece nada.
Portanto, agora, é simples: pegam na areia diamitácia, e despejam-na, com cuidado, na Nitroglicerina. A proporção é de uma parte de areia para três de Nitro. Depois, para dar um gostinho especial, juntam-lhe um pouco de carbonato de sódio.
Isto vai fazer uma espécie de barro, após o tempo de absorção do líquido.
Agora já estão à vontade: é pegar nesse barro e transformá-lo em barras (um tamanho bom é de 2,5 cm de diâmetro e 15 cm de comprimento). De seguida, enrolam isto em papel. Uma boa ideia é usar papel encerado, visto que ao fim de um certo tempo as barras têm tendência a "suar", libertando a boa da Nitroglicerina na sua forma pura, o que, como a gente já descobriu, é mau. Com papel encerado, minimizam isso. Mas não eliminam: não deixem isto lá por casa por muito tempo...
Agora, vamos pôr isto a funcionar. Dinamite não explode com um pavio - fica bonito nos filmes, mas é só isso.
Tem que se ter um fulminante específico que, claro, não é de venda livre. Quem não se impressionar com o cheiro tem outro remédio: é ensopar em gasolina ou petróleo e mandar brasa - depois de incendiado, têm prái 6 segundos para fazer chegar ao destinatário.
A forma elegante, é a daquela caixa com a pega, que faz uma descarga eléctrica no fim de dois fios que estão ligados à barra, mas também não me parece que seja de fácil aquisição.
O inventor disto, ficou tão podre de rico com a patente, que pôde instaurar o prémio Nobel da Paz, entre outros. As voltas que a vida dá.
De resto, fui obrigado a escrever isto tudo sob ameaça de uma pistola encostada à têmpora direita.

Wednesday, 14 September 2005

Revolución o muerte

Na senda do posta anterior, fica nos Asteriscos sonoros o comunicado do "Movimento de Libertação da Cova da Moura". Chorem.

Para dias maus - I

Para ninguém dizer que nunca aprendeu nada aqui, deixo ficar uma receita para quando o dia corre mesmo muito, muito mal. Amanhã digo-vos como estabilizar a coisa.

Peguem em quatro partes de ácido sulfúrico e juntem-lhe 4 partes de ácido nítrico. Lentamente, deixem pingar 1 parte de glicerina na mistura. Ter atenção à temperatura dos vários componentes, que deverão estar à temperatura-ambiente - a glicerina deverá ser adicionada imediatamente após a mistura dos dois ácidos, visto que estes reagem exotermicamente, i.e. aumentam de temperatura quando combinados.
A solução resultante deverá ser misturada devagar, e seguidamente devem colocar o recipiente em água gelada, de modo a evitar que a reacção exotérmica sobreaqueça a mistura, o que resultaria numa decomposição do ácido nítrico ou até numa explosão. Como guia, deverão evitar que a temperatura exceda os 30ºC nesta fase. No entanto, os químicos só podem ser arrefecidos após bem misturados ou não haverá reacção entre eles. Trata-se, portanto, de um exercício de equilíbrio.
Caso a reacção tenha sucesso, formar-se-á um líquido amarelo-pálido ou cor-de-palha, que flutuará até ao topo da mistura de ácidos. Cuidadosamente, vertam tudo, em água. O líquido amarelo irá depositar-se no fundo da água, visto ser mais denso e insolúvel nesta. A seguir, neutralizem, recorrendo a carbonato de sódio misturado com água, até o pH ficar neutro.
Já agora - convém não fazer aos baldes, que isto tem tendência para explodir a qualquer fase do fabrico. Depois de feito, não chocalhem, que o trinitrato de 1,2,3-propanotriol não gosta.
Que é como quem diz: não abanem a Nitroglicerina.

Sinceramente

Vocês são os maiores!! Muito obrigado a todos pelos comentários no post anterior. Se empatia for cura, então, se não fossem vocês, eu ainda estaria em casa.
Muito, muito obrigado à BW, à Just Me, ao Gumm, à Nana, à 1entre1000's, ao the Crow, ao Cogumelo, ao Run Away Man, à Rita, à Alex (1 e 2), à S., ao Zero e ao tipodoblogenorme.
Muito obrigado, também, a todos que sei que me desejariam as melhoras para os putos, e que não o puderam fazer, por qualquer razão.

Monday, 12 September 2005

Estou vivo, mas por pouco

Vim ao café desanuviar e dar uma vista de olhos por aqui. O fim-de-semana foi passado com primeiro um, depois dois putos com 40º de febre, e vai-se prolongar por hoje.
Consequências:
  • vão ter de gramar com o Chris de Beurk pelo menos mais um dia;
  • só vai haver esta piscadela de olhos por cá;
  • es-tou-mui-to-leeeeeeeeennnnnnto.
Enfim, vá lá, vá lá, ao menos ganhamos. Salve-se isso...

Friday, 9 September 2005

Quando isto ainda era simples

10 PRINT "A TODOS UM FANTÁSTICO FIM-DE-SEMANA"
20 PAUSE 4E4
30 GOTO 10

RUN

Nãããããããão?!

- Ele não foi capaz. Foi? Nããããããão? Não acredito! Ele não pôs Chris de Burgh nos asteriscos sonoros, não posso acreditar.
- Ai pôs, pôs.
O outro ficou inalterado, porque a Just Me me pediu.

Consciência social

Hoje, no Público.

Thursday, 8 September 2005

Riscos e Coragem

Para não descambar directamente para alguma maluqueira sonora, o asterisco sonoro de hoje é a minha canção favorita do Leonard Cohen. Vão ouvir os crch-crch do vinil, porque achei que devia ser convertido a partir daí - fica ou não fica melhor?
O segundo é, de novo, James Blunt. Gosto do crescendo na canção. E a letra é do %$#)"#=.

Desfio BW - IV

Esta é a última, e só porque ela lançou uma ideia.


Informática

Por via daqui, descobri isto:


Pelos vistos, sou um chato de galochas.

Desafio BW - versão SPAC

Ele teve uma ideia tão genial, que eu não resisti apropriar-me da propriedade intelectual, e fazer as minhas versões.
"SPAC" vem de um artigo bem antiguinho do Miguel Esteves Cardoso, no qual ele discursava sobre o factor SPAC, sendo isso relativo à vontade que um homem poderá ter em saltar para a cueca de uma mulher.




Como nas versões t-shirt, é só clicar nas imagens, para descobrir a origem do mal.

Wednesday, 7 September 2005

És muita linda

Antes que me acusem de só pôr música disparatada ou a abrir, fica aqui este apontamento sonoro do dia (mas penso que no Lidl também vendem). Parece que o rapaz faz sucesso lá pelo Reino (des)Unido - James Blunt.
E não é que a cançãozinha nem é mal feitinha?

Desafio BW - III

A pedido dela, uma sem aranha, que já se pirou - o estrago já estava feito.


Para ver porquê, já sabem: é só clicar na imagem

Isto é divertido.

Moleeeeeza

Hoje estou tão mole, tão mole, que se me derem uma pancada nas costas agora, me desfaço no chão como um rolo de papel higiénico a ser desenrolado.
Que bonita imagem.

Tuesday, 6 September 2005

Desafio BW - II

Vai aqui uma segunda tentativa de responder ao desafio.


Tal como na anterior, basta clicar na imagem para ir ter ao desafio

A teia é construida por texto retirado do blog - mais uma vez, são as limitações dos jpgs a virem ao de cimo.

Lição nº 1

O asterisco sonoro de hoje é dos Tenacious D, compostos pelo impagável Jack Black e por Kyle Gass. Das coisas mais hilariantes que têm surgido nos últimos anos.
"This is a song for the ladies. But fellas, listen closely...".

Desafio BW - I

A Viuva Negra lançou um desafio (com prémio e tudo!!!), e fica aqui a minha contribuição - se tiver tempo, tento fazer outra.


Cliquem na imagem para lá irem ter

O texto, para o caso de terem dificuldade de ler (ai as limitações do jpg), é uma rima para crianças:
"(...)
The itsy bitsy spider
Climbed up without a stop
She spun a silky web
Right at the very top
She wove and she spun
And when her web was done
The itsy bitsy spider
Rested in the sun
(...)"

Monday, 5 September 2005

O som do Fanã

O asterisco sonoro de hoje, é para ser ouvido bem alto, enquanto se lê o post do Fanã. Ajuda na integração.

N.R.: Para quem chegou aqui tarde, o som migrou para o post em questão.

O Fanã


Para lerem este post, cliquem no "play" da barrinha. É para criar o ambiente...

O Fanã, nascido em berço de latão, lá para os lados do Prior Velho, tem uma má-qui-na. Após concluir com distinção o nono ano (distinguia-se dos outros pela total ineptidão), foi trabalhar na serralharia do Zé "Três Dedos", tendo conseguido fazer uma aprendizagem na montagem de esquentadores, não sem antes ter alterado a alcunha do "Três Dedos" para "Dois Dedos", via uma rebarbadora.

Munido do diploma (uma folha de papel pardo, que em tempos embrulhava uma sandes de presunto, e que agora ostentava, em caneta Futura preta: "O Felisberto Antunes fês aqui a sua aprendisagem de montador de esquêntadores. José Bruno Gouveia"), o Fanã fez-se à vida.
Nada o movia mais, após 12 anos de escola e três a aprender para que lado se desatarracha uma porca de polegada e meia, do que ganhar umas massas, de modo a poder comprar o Honda Civic que o "Kikas" tinha posto à venda.
Tendo conseguido comprá-lo, procedeu imediatamente ao melhoramento da viatura. Primeiro comprou uns bacquets Recaro de competição. Devido à sua estatura, agora tem de se sentar numa almofada comprada no Benfica-Marítimo de há duas épocas, só para ter uma linha de visão acima do tablier. Para completar o ambiente, arranjou um volante Momo (gamado no ferro velho), e umas pedaleiras de look aluminio. De seguida, montou um auto-rádio Punto Azul, 100 Watts de pura distorção, que é secundado por um amplificador Kenachi (Praça de Espanha). O porta-bagagens foi eliminado, de modo a permitir a instalação de um subwoofer e duas colunas, debitando a potência total de 650 Watts.
De seguida, levou o bólide ao Manel "Cambotas", que lhe rebaixou a suspensão, colocou umas saias e umas embaladeiras e montou uns pneus Yokohama, medida 250, nas jantes de liga leve (quatro diferentes, que é o que se arranjava com um orçamento apertado). Da primeira vez que saiu com o Civic da oficina, ia tão baixo que não conseguiu transpôr uma moeda de 2 Euros que tinha caido na rua.
A performance foi retocada, através da montagem de um kit de potência (dizia na caixa "não nos resaponsabilizamos por explosões" - o que o Fanã interpretou como condizente para quem tem uma bomba). O Honda Civic debitava, agora, orgulhosos 230 cavalos, enobrecidos por uma ponteira de escapa Remus que obrigou a fazer um entalhe no pára-lamas traseiro, senão roçava no chão.
Os faróis levaram com uma pala por cima, para parecerem mais agressivos, o que teve como resultado o desenvolvimento de uma certa capacidade de divinação do Fanã em condução noctura. Por cima do capot, montou entradas de ar falsas, complementadas com entradas de ar falsas de arrefecimento dos travões nas embaladeiras. Na traseira, substituiu os farolins por uns tipo Lexus. Os vidros foram todos fumados, mas como o orçamento já apertava, conseguiu o efeito através de autocolante preto, o que tornou os espelhos exteriores supérfluos - foram retirados, o que, bem vistas as coisas "melhora a érodinâmica comó caraças". Depois de ter atropelado dois cães, um gato, três velhinhas e um jogger, decidiu retirar o autocolante do para-brisas. À força de latas Pluricor, o Civic agora passou de amarelo-canário para encarnado com uma risca preta ao comprido, por cima, com laivos de amarelo-canário. Na parte traseira, mesmo por cima do escape, colou um autocolante "Fanã Intrenacional Tunning".
A Fatinha agora já não é a sua namorada, mas sim noiva, depois de lhe ter oferecido o ambientador Ambipur, de colocar na saída de ventilação. Mais tarde, o Fanã havia de confessar que "até se me molharam os olhos, caralho".
Agora é vê-los, os dois, ao fim-de-semana, para os lados da costa da Caparica:
o Fanã com boné de pala (New York) virado para trás, o cotovelo esquerdo do lado de fora, a mão a segurar, com a ponta dos dedos - muito cool - o volante. Camisa de manga à cava (que só se vê quando ele sai do carro ou quando se empolga para insultar "aquele filho da puta") e óculos de sol Oakley. Bigode e pêra, que agora está in. A mão direita descansa em cima da perna da Fatinha, e só se desloca para engrenar a mudança apropriada (basicamente aquela que mais barulho origina a dado momento) ou para fazer gestos obscenos "àquele cabrão de domingueiro". A Fatinha, entretanto, com o cabelo cuidadosamente envolto em gel, o que ressalva ainda mais aquele ar de Cão-de-água Português encharcado, lá vai mastigando a sua Gorila, brincos à lá Nelly Furtado. Um topzinho sem alças, encimado pelas alças do sutiã ("sut-mamas", nas palavras imortais do Fanã) completam a visão. Os óculos de sol foram-lhe oferecidos pelo noivo, uns Xanell autênticos, que lhe tapam três quartos da cara, não que daí advenha algum mal ao mundo.
Ambos rolam ao som da tecnozada mais distorcida da costa ocidental, com o rádio a debitar um volume de decibéis comparável à descolagem de um 747 vivida a 30 centímetros de distância. Ela faz balões com a pastilha e ele abana o capacete ao ritmo.
À sexta-feira e ao Sábado de noite, o Fanã encontra-se com a malta dos bólides à entrada da ponte Vasco da Gama, altura na qual são comparados os pára-choques dos carros e os das respectivas amadas. O grande sonho do Fanã, é casar com a Fatinha, ter um caso com a Laurinda da papelaria e ser o proprietário de um Subaru Impreza WRC, igual ao do "janado do Zé Bocas".

Bickford

Está em reposição, a horas até normais, espante-se, umas das sérias que eu mais gostei nos últimos anos: A Educação de Bickford.
Ele é um professor de história numa universidade, e, num episódio faz um pergunta muito interessante, dando uma resposta ainda mais interessante, que nos faz reflectir sobre a necessidade devida à qual algumas coisas são criadas:

- Qual a razão, em primeira instância, para a existência dum governo?
- Propocionar-nos a possibilidade da felicidade.

Ah, poizé.

Friday, 2 September 2005

Tragédias

É o Katrina, são os atentados no Iraque e a mim deu-me uma branca, hoje.
Vou ficar o fim-de-semana a marinar nas piscinas do Vimeiro, a ver se na segunda-feira aparece algo digno de vocês. Como acompanhamento musical para estas desgraças todas, os Bee Gees. Porque tragédias nunca vêm sós.
Um fim-de-semana de pinotes e piparotes para todos vocês.

Humor Negro

Por alguma razão, não o deixaram publicar o desafio que já me tinha sido feito a mim, também. Se pensam que a malta se deixa ir abaixo por isso, estão muito enganadinhos. Fica aqui oficialmente publicada na blogosfera a lista do Humor Negro.

Idiossincrasias (Top -5)
- A Inveja
- A Mentira
- A Corrupção
- A Incompetência
- A Traição

Idiossincrasias (Top +5)
- Observar os Mamíferos (provocando-os, de preferência)
- Música/Escrita
- Descapotar o carro numa estrada vazia e solarenga e acelerar que nem um perdido.
- Ski na água
- Perseguir o Verão

5 álbuns (dificil esta, pq só na minha prateleira existem mais de 1000 títulos preferidos)
- Sand on the Vaseline - Talking Heads
- It'll end in Tears - This Mortal Coil
- The Ugly one with the Jewels - Laurie Anderson
- Mar d'Outubro - Sétima Legião
- Circle Songs - Bob McFerrin


5 canções (ainda mais difícil)
- Song to the Syren - This Mortal Coil
- Sanvean - Dead Can Dance
- We are all worried about you - Fun Lovin' Criminals
- Weather Storm - Massive Attack
- Its the End of the World as we know it - REM

5 álbuns no IPod (os mais ouvidos)
- V - Legião Urbana
- The Mirror Conspiracy - Thievery Corporation
- Heaven, Earth and Beyond - Lisa Ekdahl
- Portished - Portishead
- Tributo - Suba

5 MP3 na playlist (esta é fácil, é só consultar)
- Perfeição - Legião Urbana
- Where is the Love - Black Eye Peas
- Mambo Craze - De Phazz
- Esquadros - Adriana Calcanhoto
- Sherry Blossom Girls - Air

Thursday, 1 September 2005

Cheiros danosos

Antes de mais nada, esta história é verídica. O próprio, se o encontrarem, corroborá-la-á - já se habituou.
Já não o vejo há uns tempos (1-2 anos), e esta é a história da alcunha dele. Conheço-o há uns vinte anos, desde a escola, e acabei por fazer o curso com ele; inevitavelmente, tornámo-nos amigos, sempre num grupo, que se manteve não unido, mas em contacto. Um dos rituais de fim-de-semana, era encontrarmo-nos em casa dele ao fim-de-semana: era central e os pais iam para fora. Às tantas, a mãe já nos deixava o frigorífico atulhado.
Num desses fins-de-semana, iamos para o Bairro Alto, sempre depois de termos esvaziado o "stock" de dois dias no frigorífico, claro. Ele ia ter com um possível amigo (interpretem), e tinha-se aperaltado: banhito demorado, roupinha janota, perfume. Enfim, "the works"; irresistível. Segundo ele. Ainda gozamos com ele, por "estar tão excitado com as possibilidades que se abriam", e depois lá fomos apanhar um táxi.
Por esta altura, já todos tinhamos notado (inclusivé ele), que o cheiro do perfumezito se sobrepunha um pouco demais ao de Lisboa, mas o que estava feito, estava feito.
Lá apanhamos um táxi, e Bairro com eles, que já se faz tarde.
A meio da viagem, o taxista abriu a janela, e disse, alto e bom som (e cito, que me lembro de tudo, letra por letra): "Epá, foda-se! Cheira aqui a pó-de-puta!". E assim ficou: o "Pó-de-Puta". E o engate da noite também não funcionou. Possivelmente porque nós estavamos o tempo todo aos berros "Ó Pó-de-Puta, anda cá!" - ficou cientificamente estabelecido, que "pó-de-puta" afasta possíveis conquistas.
Lembrei-me disto, porque o Mário fez anos no outro dia, e eu não pude ir. Portanto:
Parabéns, ó Pó-de-Puta!!!!

...


Não que seja muito importante passar os 5000. Importante mesmo, é o contador ter estado em 4800 antes de eu ir de férias e terem cá vindo 600, sem eu mexer uma palha. E alguns até comentaram!!
Obrigado.

Estranguladores pedrados

Após duas semanas-e-tal de presença sonora inalterada, aqui fica uma asterisco sonoro novo (mas não tanto): "Goldenbrown". Que é como quem diz: "Well, Clinton, it works better if you inhale.".

Desafio

Por este. Portanto, vamos lá a ver:

Idiossincrasias - as 5 menos
- a chico-espertice;
- a falta de civismo;
- a incapacidade de admitir erros;
- sandálias;
- bater com a cabeça.

Idiossincrasias - as 5 mais

- ser pai;
- música, muita música;
- andar de mota;
- jantaradas com gente bem disposta - a ementa é secundária;
- trabalho - é verdade: gosto do que faço...

5 álbuns (mas ficam alguns de fora...)

- The Jesus and Mary Chain: Psychocandy
- Iron Maiden: The Number of the Beast
- System of a Down: Mezmerize
- Pink Floyd: Animals
- Jethro Tull: Aqualung

5 canções (também ficam algumas de fora)

- R.E.M.: The one I love
- The Cure: Charlotte sometimes
- A-ha: Hunting high and low
- Audioslave: Like a Stone
- Danzig: Mother

5 álbuns no IPod ou outro

Não tenho: em trânsito, só uso mota, e não são permitidos auriculares.

5 MP3 na playlist

- Johann Pachelbel: Canon in D major
- Supertramp: School
- Gary Jules: Mad World
- Rollins Band: Liar
- Metallica: Motorbreath

Os 5 blogs para onde isto segue

Silvia sem Filtro
Humor Negro
Gumm
Morangos e Chocolate
Viúva Negra

JÁ FOI

9.30 horas.
Voltei.


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